
A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) aprovou esta quinta-feira, 4 de maio de 2023, um aumento de 0,25 pontos percentuais da principal taxa de juro de referência, a décima subida desde março de 2022, seguindo a Reserva Federal (Fed) norte-americana.
A AMCM fixou em 5,5% a taxa de redesconto, valor cobrado aos bancos por injeções de capital de curta duração, de acordo com um comunicado. É o nível mais alto desde dezembro de 2007, em plena crise financeira e económica mundial.
O regulador financeiro da região administrativa especial chinesa seguiu assim o aumento anunciado na quarta-feira pela Fed.
A AMCM disse que a subida era inevitável, por a moeda de Macau, a pataca, estar indexada ao dólar de Hong Kong, pelo que “a taxa de juros em Macau é consistente com a taxa de juros em Hong Kong”.
A decisão da AMCM surgiu pouco depois de a Autoridade Monetária de Hong Kong ter anunciado a subida da taxa de juro de referência, devido ao aumento imposto pelo banco central dos EUA. O dólar de Hong Kong está indexado ao dólar norte-americano.
Depois do anúncio, a bolsa de valores de Hong Kong negociou em alta, com o principal índice, o Hang Seng, a subir 1,21% até às 10:30 (03:30 em Lisboa).
Fed volta a subir taxas de juro em 25 pontos base
A Fed, o banco central dos Estados Unidos, decidiu na quarta-feira subir a sua taxa de juro em 25 pontos base, colocando-a no intervalo entre 5% e 5,25%, o nível mais elevado da taxa de juro de referência desde 2006.
No comunicado divulgado após uma reunião de dois dias, a Fed disse estar preocupada em travar a inflação, sobretudo após a recente crise bancária: “o aperto das condições de crédito às famílias e às empresas deverá pesar na atividade económica, nas contratações e na inflação”.
Numa conferência de imprensa, o presidente da Fed, Jerome Powell, disse que o limite das subidas das taxas de juro vai depender dos dados económicos das próximas semanas e será feita uma “avaliação contínua (…) reunião a reunião”.
Esta posição marca uma mudança de tom em relação às reuniões anteriores, quando se antecipou a necessidade de continuar a aumentar as taxas.
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