O pequeno Principado de Andorra atravessa aquela que pode ser a mais estranha crise habitacional da Europa. A região tornou-se um destino popular para estrelas das redes sociais, como Youtubers, que estão a contribuir para a subida dos preços das casas. Legisladores querem impor novos regulamentos imobiliários.
Andorra é um microestado montanhoso conhecido pelas pistas de esqui, baixos impostos e altos níveis de sigilo bancário, que o tornaram um poderoso íman para compradores ou arrendatários de casas de luxo, conta a Bloomberg.
Ajudados pela beleza natural dos Pirinéus e pela quase ausência de criminalidade, os preços dos imóveis em Andorra subiram mais de 30% desde o verão de 2018, forçando os moradores menos abastados a atravessar a fronteira para Espanha.
A chegada de influenciadores e Youtubers é apenas parte de um quadro mais amplo de pessoas com rendimentos mais altos que procuram residência no mini país, que pode fazer com que Andorra deixe de ser uma jurisdição de baixa tributação com bons padrões de vida para se tornar um paraíso fiscal semelhante ao do Mónaco, com uma hiperdensidade de residentes super ricos e pouco espaço para qualquer outra pessoa.
Para evitar este cenário, os legisladores querem propor medidas abrangentes destinadas a desencorajar os não residentes e obrigar os estrangeiros a pagar um imposto sobre todas as compras de imóveis, que será canalizado para um fundo para criar habitação acessível. Mas há preocupações de que tais medidas possam acabar por se contraproducentes.
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Afinal, no mundo, onde é que há risco de bolha imobiliária?
O aumento global da inflação e das taxas de juros nos últimos dois anos levou a um declínio acentuado nos desequilíbrios nos mercados imobiliários dos centros financeiros globais, de acordo com o UBS Global Real Estate Bubble Index 2023. Na edição deste ano, apenas duas cidades – Zurique e Tóquio – permanecem na categoria de risco de “bolha imobiliária". Portugal não foi analisado no estudo, mas vários players nacionais afastam este cenário para o país, uma vez que continua a
Arrendamento em Manhattan a estabilizar após meses de aumentos
O mercado de arrendamento de Manhattan está a dar sinais de abrandamento. Os preços em agosto estabilizaram, naquela que é considerada a época mais cara do ano para arrendar casa. A renda média para novos contratos assinados no mês passado foi de 4.400 dólares, um valor que permaneceu inalterado em relação ao recorde estabelecido em julho.
Penthouse mais cara dos EUA em "saldos" - custa menos 55 milhões
A penthouse mais alta do mundo e a maior de toda a Manhattan, que também estava no topo das mais caras dos EUA, parece que não vai conseguir o pódio das transações imobiliárias. O triplex, localizado no arranha-céus Central Park Tower e conhecido como "O único acima de todos", viu-se obrigado a baixar o seu preço em 55 milhões de dólares (51,4 milhões de euros), depois de estar um ano no mercado sem encontrar comprador.
Google alimenta subida dos preços das casas em Zurique
Zurique tornou-se num dos mercados imobiliários mais aquecidos da Europa, com os preços das casas a subir ainda mais que em Londres ou Paris. É, de resto, uma das duas cidades no mundo em risco de bolha imobiliária, de acordo com o UBS Global Real Estate Bubble Index 2023. A procura no centro financeiro suíço é grande, e alimentada por contratações de grandes empresas como a Google.
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