
O Banco Popular da China e o Banco Central da Suécia anunciaram, esta quarta-feira, dia 20 de agosto de 2025, a manutenção das suas taxas de juro de referência, refletindo a cautela das duas instituições perante a instabilidade económica internacional.
Em Pequim, o Banco Popular da China decidiu manter a taxa de referência para créditos (LPR) a um ano nos 3%, enquanto a taxa a cinco anos ou mais, usada como referência para empréstimos hipotecários, permanece nos 3,5%. A instituição sublinhou que pretende, assim, apoiar a “economia real” e reduzir custos de endividamento para famílias e empresas.
A última descida das taxas na China ocorreu em maio, quando a LPR a um ano caiu de 3,1% para 3% e a de cinco anos de 3,6% para 3,5%. Apesar de a decisão de agosto já ser antecipada por analistas, muitos acreditam que Pequim poderá avançar com cortes adicionais até ao final do ano.
Entre as razões que explicam a prudência chinesa estão a crise imobiliária prolongada, a baixa procura interna e externa, riscos de deflação e a frágil confiança de consumidores e empresas, além das tensões comerciais persistentes com os Estados Unidos.
Já em Estocolmo, o Riksbank anunciou a manutenção da taxa de referência em 2%, mas deixou em aberto a possibilidade de um corte até ao final de 2025. A decisão entra em vigor a partir de 27 de agosto.
Segundo o banco central sueco, a inflação subiu mais do que o esperado durante o verão, embora impulsionada por fatores temporários. A economia, por seu lado, continua em ritmo fraco, com as famílias cautelosas nos gastos e um mercado de trabalho ainda sem sinais claros de recuperação.
O Riksbank alerta também para riscos externos que condicionam a política monetária, como a incerteza sobre os rumos da economia norte-americana, a guerra na Ucrânia e as tensões no Médio Oriente, fatores que aumentam a vulnerabilidade da economia sueca.
Assim, tanto a China como a Suécia optam por uma estratégia de prudência, evitando mudanças bruscas na política monetária num momento de elevada incerteza global, mas mantendo a porta aberta a ajustes caso a conjuntura económica se agrave nos próximos meses.
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