Para Miguel Pina Martins, presidente da AMRR, lembra que o pacote de travão às rendas do Governo não é válido para os shoppings.
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Lusa
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O presidente da Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) apelou esta segunda-feira, 26 de setembro de 2022, à necessidade de regulação das rendas nos centros comerciais. Miguel Pina Martins falava à Lusa no final do almoço-conferência com a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, organizado pela AMRR e que decorreu em Lisboa.

"Acima de tudo, o que procuramos hoje em dia no comércio, de forma genérica, por exemplo aqui no caso dos centros comerciais, é que exista uma relação para os centros comerciais que permita que seja um mercado regulado como é o mercado de arrendamento normal", afirmou o presidente da associação. "Já temos vindo a pedir isso há algum tempo e voltamos a pedir, não tem qualquer tipo de custo para o Orçamento do Estado", insistiu Miguel Pina Martins.

"Este tema da regulação é muito importante, o Estado limitou o aumento das rendas até 2% [no pacote para mitigar o impacto da inflação], isto não é válido para os centros comerciais, os centros comerciais continuam a aumentar as rendas e até podem aumentar 10%, 20%", argumentou o responsável.

Para Miguel Pina Martins, trata-se de "uma medida que pode ser relevante para impedir aumentos das rendas que muitas vezes estão indexadas à inflação".

Sobre o comércio em si, "obviamente que é muito importante conseguirmos manter as condições para as pessoas poderem continuar a comprar coisas", pelo que "são importantes estas medidas de reforço do poder de compra e das pessoas e, acima de tudo, que os custos de certas matérias-primas como do gás, da eletricidade e do gasóleo e da gasolina não terminem com o orçamento familiar", prosseguiu.

"Parece-nos também importante continuar a reforçar esse tipo de medidas, depois temos coisas mais transversais do comércio que também estamos disponíveis para nos sacrificar", como é "o tema dos horários, que é uma questão relevante que pode de certa maneira permitir que exista uma poupança de energia também do nosso lado e que possamos também poupar em alguns custos", apontou Miguel Pina Martins.

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