
o bairro joão de deus foi demolido há quatro anos, mas continua a dar que falar na assembleia municipal do porto. em causa está uma proposta de venda, por 1,1 milhões de euros, de um terreno vizinho doado à câmara por uma instituição social, o centro claretiano de apoio à infância, juventude e família. “[a câmara municipal do porto] agora põe à venda, em hasta pública, aquilo que lhe foi dado gratuitamente”, criticou o deputado do ps rodrigo oliveira, lembrando que a autarquia “deitou abaixo [no bairro são joão de deus] casas que tinham sete anos” e que estavam em boas condições
na proposta, a câmara explicou que se afigura “oportuna” a rentabilização daquele terreno, que tem 12.500 m2. um argumento que não deixou satisfeitos alguns deputados. “é inaceitável que a câmara ganhe dinheiro com terrenos que lhe foram oferecidos. isto não se faz, porque o município tem de ter alguma decência", afirmou o deputado josé castro, do be, citado pela tvi 24
a resposta de rui rio, presidente da autarquia, surgiu de pronto. “o maior orgulho que tenho é o que fiz no bairro são joão de deus, é ter acabado com aquela porcaria. vi o que nunca vi na vida”, declarou. sublinhe-se que o bairro em causa era considerado o “supermercado da droga” do porto e começou a ser demolido em 2002 – obras de demolição foram dadas como concluídas em 2008
sublinhe-se que a proposta de venda do terreno acabou por ser aprovada com os votos favoráveis do psd e do cds-pp. ps, cdu e be votaram contra
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