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Mais de 2.000 edifícios públicos construídos com amianto
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Da totalidade (12.944) de edifícios públicos em Portugal 16% terão amianto na construção, de acordo com um levantamento feito pelo Governo, depois das suspeitas geradas por vários casos de cancro de funcionários públicos. A maioria destes edifícios pertence ao Ministério da Educação e Ciência (MEC).

A lista publicada no Portal do Governo resulta de um levantamento feito pelo executivo em todos os edifícios, instalações e equipamentos onde se prestam serviços públicos, com o objetivo de determinar aqueles que contêm amianto na sua construção, noticia o Público, citando a Lusa.

Segundo os dados, 813 dos 2015 edifícios identificados como podendo ter amianto pertencem ao MEC. Incluem-se nesta lista edifícios de universidades, politécnicos e escolas dos outros graus de ensino, bem como imóveis que são sede de todo o tipo de serviços prestados pelo MEC como Serviços Sociais.

No passado, o amianto foi muito utilizado devido às suas propriedades (elasticidade, resistência mecânica, incombustibilidade, bom isolamento térmico e acústico, elevada resistência a altas temperaturas, aos produtos químicos, à putrefação e à corrosão).

Atualmente é possível encontrá-lo ainda em telhas de fibrocimento, revestimentos e coberturas de edifícios, gessos e estuques, revestimentos à prova de fogo, revestimentos de tetos falsos, isolamentos térmicos e acústicos. Na Europa foi particularmente utilizado entre 1945 e 1990 e por cá a sua utilização foi proibida desde 1 de janeiro de 2005. O perigo do amianto prende-se essencialmente com a inalação das fibras libertadas para o ar. As diferentes variedades de amianto são agentes cancerígenos.

O relatório diz que os 2015 edifícios em causa representam 16% dos imóveis públicos do país que "presuntivamente contêm amianto na construção". Segue-se uma análise dos dados, para determinar aqueles que devem ser "apenas sujeitos a ações regulares de monitorização" e aqueles que devem "ser submetidos a novas análises para determinar a necessidade de realizar eventuais ações corretivas", refere o documento.

O levantamento inclui também alguns edifícios, instalações e equipamentos do setor empresarial do Estado, designadamente os hospitais EPE.

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