Os contratos de arrendamento mais recentes, depois da entrada em vigor da nova lei, são atualizados todos os anos com base num índice do INE e têm, em regra valores mais elevados do que os anteriores. Mas sabias que se tentares regatear o preço da renda que estás a pagar, é provável que consigas um "simpático" desconto mensal?
Nos últimos três anos, um em cada cinco arrendatários com contratos recentes tentou negociar um "desconto", de acordo com um inquérito feito pela Associação de Defesa do Consumidor - a 1761 inquilinos e senhorios, citado pelo jornal i.
23% dos pedidos aceites
Destes, dois em cada cinco acabaram por ser bem-sucedidos, com uma redução média na ordem dos 23%, de acordo com o diário.
Os contratos anteriores a 1990, as chamadas rendas antigas, apresentavam valores muito baixos e foram alvo de atualização com a nova lei, em vigor desde novembro de 2012. Mas a legislação prevê um mecanismo de negociação entre senhorio e inquilino.
"Com isto, pretende-se que as pequenas rendas sejam revistas até se aproximarem dos atuais valores de mercado, praticados nos contratos mais recentes. Não é de estranhar que mais de metade dos inquiridos com arrendamentos anteriores a 1990 tenha recebido pedidos de atualização por parte do senhorio", explica a Deco, referida pelo i.
Já os contratos mais recentes não só contemplam preços mais elevados, como são alvo de revisão anual com base no índice publicado todos os anos pelo Instituto Nacional de Estatística. Daí que, tanto num caso como no outro, os inquilinos peçam para negociar o valor a pagar.
O senhorio tem sempre de comunicar, por escrito e com a antecedência mínima de 30 dias, o coeficiente de atualização e a nova renda. "Mas não impede que os coeficientes sejam aplicados em anos posteriores, desde que não tenham passado mais de três sobre a data em que teria sido inicialmente possível a sua aplicação", refere a Deco.
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