
Os próximos meses vão ser decisivos para o investimento imobiliário em Portugal, mais especificamente no segmento ativos de rendimento. Isto porque estão em curso vários negócios que irão injetar centenas de milhões de euros no mercado. Em causa estão quatro negócios que envolvem carteiras de imóveis e não apenas edifícios isolados.
“Sabemos que estão para acontecer pelo menos quatro grandes transações entre os 100 milhões e os 400 milhões de euros, que podem ser concretizadas nos próximos meses. Se tal acontecer ainda este ano, os 240 milhões de euros que foram investidos até setembro no mercado de investimento imobiliário, podem chegar perto de mil milhões, o que fará com que o volume de investimento atinja níveis próximos aos de 2007”, disse Pedro Lancastre, administrador da Jones Lang LaSalle, citado pelo Expresso.
Segundo o responsável, se estas transações se concretizarem apenas no início do próximo ano, “2015 tem tudo para ser um ano recorde em termos de volume de investimento”. Uma ideia, de resto, já deixada pela consultora Cushman & Wakefield.
Pedro Lancastre adiantou que o montante que está em vias de ser investido em Portugal vem do estrangeiro, de investidores institucionais de todo o mundo, da Austrália à China, passando pela Alemanha ou pelo Brasil: “Há investidores de toda a parte do mundo interessados em apostar em Portugal. Nós aqui, internamente, até dizemos que agora o mercado de investimento imobiliário em Portugal se caracteriza como a United Colors of Investment, em comparação com aquela marca bem conhecida de moda”.
A publicação escreve que os ativos que estão neste momento a ser negociados integram carteiras de imóveis orientados para o retalho de rua, escritórios e logística e alguns edifícios para reabilitar e converter em habitação em zonas nobres como a Avenida da Liberdade. Entre a oferta estará a carteira de ativos do BES, que tem suscitado a atenção de investidores brasileiros, europeus e americanos.
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