Os empréstimos à habitação cujos contratos são revistos em maio vão continuar a descer, em linha com a queda das taxas Euribor registada em abril, quando o prazo a três meses tocou em terreno negativo. As medidas do Banco Central Europeu (BCE) para aumentar a circulação de dinheiro na economia e a baixa inflação contribuem para as recentes quedas das taxas Euribor.
A média mensal da Euribor a três meses, que é o valor utilizado para a revisão dos contratos associados a esta taxa, ainda não atingiu valor negativo, fixando-se em 0,0047 (0,005% arredondado à milésima), tal como escreve o Público, salientando que em março a média tinha ficado em 0,027%.
A Euribor a tês meses permaneceu em terreno negativo nas últimas oito sessões, terminando o mês em -0,005%.
A média Euribor a seis meses, o prazo mais utilizado no conjunto dos contratos, também continua a renovar mínimos históricos, fixando-se em 0,073%. O prazo de 12 meses fixou-se em 0,180%, de acordo com o jornal.
A queda das taxas traduz-se na redução da prestação em alguns euros.
Um empréstimo de 150 mil euros, a 30 anos, associado ao prazo de três meses e com um spread (margem comercial do banco) de 0,7%, vai pagar uma prestação de 462,40 euros, menos 3,90 euros que na última revisão, ocorrida há três meses.
A mesma simulação para um empréstimo associado à Euribor a seis meses permitir uma poupança de 7,53 euros, segundo os cálculos do diário.
A acumulação de valores negativos no prazo de três meses deverá manter-se até setembro de 2016.
De acordo com a decisão do Banco de Portugal, os bancos vão ter de refletir as taxas negativas nos empréstimos associados àquelas taxas, abatendo o valor negativo ao spread. Se se esgotar o valor do spread, os bancos terão de abater o valor negativo ao capital em dívida.
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