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Recibos eletrónicos: senhorios e inquilinos não foram consultados
GTRES

Proprietários, inquilinos e mediadores imobiliários anunciaram esta segunda-feira a criação da Comissão do Mercado Acompanhamento do Arrendamento Urbano (CMAAU). Lamentam a inexistência de informação/dados sobre as rendas e criticam o facto de não terem sido ouvidos no âmbito de alguns temas, como a obrigatoriedade da emissão de recibos eletrónicos.

O Governo decidiu, no âmbito da reforma do IRS – em vigor desde janeiro –, que os senhorios com rendimentos provenientes das rendas anuais superiores a 834,44 euros (qualquer renda acima de 70 euros por mês) são obrigados a passar recibo eletrónico. A medida entrou em vigor em maio, mas o Executivo decidiu alargá-la até 1 de novembro.

Se tivéssemos sido ouvidos, nós e todos os intervenientes do setor, talvez não tivessem sido criados os problemas que surgiram”, disse Luís Menezes Leitão, presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), ao idealista/news.

Segundo o responsável, é preocupante que o Executivo decida avançar com medidas tão importantes para o setor sem ouvir todas as partes envolvidas, neste caso as associações de proprietários e de inquilinos.

“A expectativa com a criação da CMAAU é que nos encontremos e possamos discutir os problemas, mas era fundamental que a própria Comissão de Monitorização da Lei do Arrendamento Urbano continuasse a existir, porque nessa comissão estavam também as entidades públicas. Estes 13 meses de interregno criaram alguns problemas. Se existisse a comissão todas estas questões dos recibos tinham sido lá discutidas e tínhamos mais dados para saber o que se estava a passar”, referiu Luís Menezes Leitão.

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