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Empreendimento da EPUL no Martim Moniz (Foto: Observador).

A Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL), extinta no final de 2014, realizou vendas de património de cerca de 29 milhões de euros durante a sua liquidação.

Em causa estão dados que constam no Relatório de Liquidação da empresa, datado do final de abril deste ano e que vai ser apreciado na reunião camarária de amanhã (dia 17). Segundo a Lusa, que teve acesso ao documento, o património total da empresa foi avaliado em 112,4 milhões. Parte deste, cerca de 4,8 milhões, foi considerado como não alienável.

Segundo o documento, o plano de liquidação (concretizado em dez meses) estipulava vendas de quase 23 milhões, mas o valor foi superado 27%, para perto de 29 milhões de euros.

Para este valor contribuíram a venda de um terreno que já estava contratualizada (1,9 milhões), de 20 apartamentos (1,85 milhões), de três espaços de parqueamento de automóveis e motociclos (21.000 euros) e de oito prédios para reabilitação (8,01 milhões). Foram ainda alienadas 47 frações autónomas (por 16,7 milhões) situadas nas residências do Martim Moniz, onde as obras se iniciaram em 2001 e só terminaram no final do ano passado.

“Com o valor apurado com estas vendas foi possível pagar a totalidade das dívidas e demais responsabilidades reconhecidas pela EPUL (...)”, lê-se no relatório.

Para Luís Natal Marques, da comissão liquidatária da EPUL, a liquidação foi “bem-sucedida”. “Desde logo porque foi feita dentro do prazo estabelecido. [E porque] cumprimos escrupulosamente o plano de liquidação”, justificou, citado pela Lusa.

O responsável, que agora é presidente da Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), fez parte da comissão liquidatária com o ex-presidente da EMEL, António Júlio de Almeida, a deputada municipal social-democrata Margarida Saavedra e Jorge Oliveira.

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