
Começa a ganhar forma a reabilitação que pode mudar a frente ribeirinha de Lisboa entre a zona de Santos/Cais Sodré e Santa Apolónia. A nova sede da EDP lançou o mote de um dos lados e o Terminal de Cruzeiros fez o mesmo do outro. Ao seu redor, várias operações de grandes dimensões têm vindo a ser fechadas, como é o caso da recuperação do antigo edifício da APL - Administração do Porto de Lisboa. São quase 8000 m2 de área bruta de construção que vão ser reconvertidos para receber a futura sede da Abreu Advogados.
Segundo o Expresso, a futura sede da Abreu – a conclusão está prevista para finais de 2016 – está situada mesmo em frente ao local onde irá nascer o Terminal de Cruzeiros. Tem 100 metros de fachada frontal para o rio e permitirá acolher os cerca de 200 colaboradores da sociedade de advogados, tendo sido adquirida pela Fidelidade, que vai investir 13 milhões de euros para adaptar o espaço ao seu inquilino.
“O centro da cidade, o chamado CBD, está ocupado, as instalações são antigas e não há espaços como este onde é possível um só inquilino ocupar o edifício inteiro. Também a zona de Santos, com a ida da EDP para ali, está a ficar toda ela dinamizada – já se vê o mercado a trabalhar soluções de escritórios, de habitação e de espaços comerciais e nós também estamos a acompanhar essa dinâmica”, disse Miguel Santana, administrador da Fidelidade Property, citado pela publicação.
Junto ao Terminal de Cruzeiros, a Fidelidade, que é participada em 85% pelos chineses da Fosun, tem um outro projeto em fase de aprovação junto da Câmara Municipal de Lisboa, mas desta vez de âmbito hoteleiro. Já em Santos estão mais dois projetos da seguradora em curso mas para o segmento dos escritórios. Um destes projetos da Fidelidade em Santos está com o ateliê de arquitetura Openbook, que também fez o da futura sede da Abreu Advogados.
Só a Openbook tem na sua carteira quatro projetos de média e grande dimensão para o eixo Santos-Santa Apolónia a terminarem entre finais de 2016 e meados de 2017. Os dois da Fidelidade (onde se inclui a sede da Abreu) e os outros dois pertencentes a fundos de investimento nacionais.
“Estamos a fazer outra sede institucional, num investimento três vezes superior ao aplicado aqui nos escritórios da Abreu. É também um só inquilino, na frente rio, perto da EDP. Só nessa zona temos três projetos”, revelou Rodrigo Sampayo, um dos sócios da Openbook. Segundo o arquiteto, dois dos projetos são de grandes dimensões – cada um tem cerca de 8500 m2 de área construída (mais 3000 m2 de estacionamento) – e um outro é mais pequeno – é uma reabilitação com 3000 m2.
De referir que em todos estes novos projetos que vão surgir a curto prazo vão acolher empresas nacionais e cada uma delas ocupará integralmente cada um dos edifícios.
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