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Na última década, a riqueza média por adulto aumentou 35% em Portugal. De um património médio de 42.000 euros em 2000 até aos 65.000 euros este ano, os mais ricos ficaram ainda mais ricos. Em causa estão dados que constam no Relatório da Riqueza da Credit Suisse, conhecido terça-feira ( dia 13), que conclui que os 51 mil milionários portugueses – possuem mais de 880.000 euros – têm 0,15% da riqueza mundial.

Segundo o Dinheiro Vivo, que se apoia no referido estudo, também a dívida média passou de cerca de 10.000 euros por adulto em 2000 para mais de 18.500 euros até meados deste ano, tendo aumentando 46%.

A Credit Suisse considera que a riqueza dos portugueses foi ainda afetada pela queda de 31% na capitalização bolsista e a fraca evolução de 2,3% dos preços médios no imobiliário. Com a desvalorização do euro face ao dólar (-18,6%), a descida de 17,5% da riqueza média por adulto em Portugal representa, na realidade, uma ligeira evolução positiva, escreve a publicação.

“A análise regional demonstra que a Europa foi responsável por uma perda de 10,7 triliões de dólares (9,41 biliões de euros) da riqueza total dos lares”, lê-se no relatório. “As perdas registadas desaparecem quando as moedas são valorizadas a taxas de câmbio estáveis, em vez das que prevaleceram entre meados de 2014 e meados de 2015. A Europa saiu-se quase tão bem como a América do Norte se as taxas de câmbio forem mantidas constantes”, conclui o documento.

Este ano, existem em Portugal 1,2 milhões de adultos que têm mais de 88.000 euros, o que representa 0,32% da riqueza mundial. Os verdadeiramente milionários, que possuem mais de um milhão de dólares (880.000 euros) possuem apenas 0,15% da riqueza mundial e são apenas 51 mil portugueses. Ao todo, os milionários nacionais detêm mais de 561 mil milhões de euros de riqueza pessoal.

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