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Ex-piloto italiano de ralis Giuliano quer comprar Autódromo do Estoril
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A P&L Management, empresa italiana liderada pelo ex-piloto de ralis Giuliano, que já é proprietária do Autódromo Adria, ao sul de Veneza, quer agora comprar o Autódromo do Estoril e já fez uma proposta ao Governo nesse sentido. O interesse destes investidores não é novo e volta agora a ser reiterado após o chumbo do Tribunal de Contas à venda do equipamento pelo anterior Executivo à Câmara Municipal de Cascais, sem concurso público.

O Público conta que, em carta dirigida à Parpública com data de 13 de janeiro de 2015 e à qual a empresa não obteve resposta, a P&L propunha-se a fazer um investimento" imediato" de cinco milhões de euros no autódromo do Estoril, ficando depois a aguardar pelos procedimentos relativos a um futuro público para avançar com uma proposta concreta de compra.

"Partindo desta premissa, o do Autódromo de Adria propõe arrendar, com opção de compra, condições semelhantes às de qualquer outro licitador, o do Estoril, incluindo os seus bens, activos, propriedades e estruturas, que constituirão um único negócio, através da assinatura de um de arrendamento por um período seis anos, pela quantia de 300 mil euros por ano", especifica a missiva citada pelo jornal.

Em paralelo a este interesse da P&L Management, o Governo anterior liderado por Pedro Passos Coelho já procurava também uma solução para o Autódromo do Estoril que pudesse dinamizar este equipamento em termos desportivos e acabou por ser vendido à Câmara de Cascais.

Mas agora a situação volta a complicar-se com o chumbo do negócio por parte do TC e o futuro que o atual Governo socialista de António Costa quer para o Autódromo é ainda uma incógnita, segundo noticia o Público, frisando que a autarquia cascalense mantém o interesse em encontrar uma solução conjunta com o Executivo para o circuito. Poderá passar por uma co-gestão, por exemplo, mantendose o autódromo na esfera pública. 

A conturbada história do Autódromo do Estoril

Quando o Estado assumiu o controlo do Autódromo Fernanda Pires da Silva, há 19 anos, a manutenção do Grande Prémio (GP) de Portugal de Fórmula 1 (F1) era uma prioridade, recorda o jornal. O erário público investiu mais 25 milhões de euros para obras de adaptação do circuito às exigências dos responsáveis pela F1. Quase 20 anos e pelo menos 68 milhões de euros depois, o desejado GP continua a não ser mais do que uma miragem. 

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