Comentários: 0

Marcelo Rebelo de Sousa está satisfeito com os resultados conseguidos por Portugal em 2016, elogiando o trabalho de todos os portugueses. Mas o Presidente da República avisa que, ainda assim, é preciso fazer mais. Na sua mensagem de Ano Novo, declarou que há que ir mais longe em temas estruturais como a economia, a banca e a justiça. "2017 tem de ser o ano da gestão a prazo e do crescimento económico", diz o chefe de Estado.

Analisando 2016, Marcelo diz que "entrámos no ano a temer o pior. Saímos, a acreditar que somos capazes de melhorar", com o país a dar passos, "pequenos que sejam", no caminho certo, "para corrigir injustiças". "Criámos um clima menos tenso, menos dividido, menos negativo cá dentro e uma imagem mais confiável lá fora, afastando o especto da crise política iminente, do fracasso financeiro, de instabilidade social que, para muitos, era inevitável", afirmou, destacando que o balanço foi positivo".

No seu discurso, retira os méritos da esfera política e elogia os portugueses. "Tudo isso foi obra nossa – nossa, de todos os portugueses".

Os desafios de 2017

Mas o Presidente da República avisa que há ainda muito por fazer em matéria de governação. "O crescimento da nossa economia foi tardio s insuficiente. Alguns domínios sociais sofreram com os cortes financeiros. A dívida pública permanece muito elevada. O sistema de justiça continua lento e, por isso, menos justo, a começar na garantia da transparência na política. O ambiente nos debates entre políticos foi mais dramatizado que na sociedade em geral".

Para Marcelo Rebelo de Sousa "o caminho para 2017 é simples: não perder estabilidade política, paz e concertação, rigor financeiro, cumprimento de compromissos externos, maior justiça social, formação aberta ao mundo, proximidade entre poder e povo".

E o Presidente aproveitou a oportunidade para fazer um claro apelo à auto-estima dos portugueses. "Quando queremos, nos unimos no essencial e trabalhamos com competência, método e metas claras, somos os melhores dos melhores", apontando como exemplos a realização da cimeira digital ("web summit") em Lisboa, a vitória do Europeu de futebol por parte da seleção nacional e a eleição de António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta