Como presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo vai ter um salário de 423 mil euros por ano, igual ao de António Domingues - a quem vai substituir. O nome escolhido pelo Governo socialista de António Costa para ocupar o cargo de novo líder do banco do Estado agrada ao Presidente da República, mas Marcelo de Rebelo Sousa está contra o valor da remuneração. Não só do antigo ministro da Saúde, como de toda a administração.
A CGD tem sob fogo cruzado nas últimas semanas não só por causa da entrega das declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional - que levou à demissão de António Domingos e seis administradores da sua equipa -, mas também por causa do valor do salário que foi proposta aos gestores. Agora, garante fonte do Governo ao Público, as condições salariais que tinham sido dadas a Domingues serão estendidas a Macedo.
O presidente do conselho de administração da CGD, segundo revelou o ministro das Finanças em outubro, ganhará 423 mil euros anuais, enquanto os vogais executivos cobraram 337 mil euros por ano e os vogais não executivos um total de 49 mil euros anuais.
Estes valores não convencem, porém, o Presidente da República, que defende uma maior contenção nos gastos, uma vez que está em causa um banco público.
Em outubro, quando ainda António Domingues era presidente da CGD e foram revelados os salários da administração, Marcelo Rebelo de Sousa disse que os montantes deviam ser mais baixos. Agora que Domingues saiu e que a administração vai ser outra, liderada por Paulo Macedo, o Presidente da República voltou a insistir. Até porque o seu salário deverá ser igual, segundo noticia o jornal Público deste sábado.
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