
Havia em Portugal no ano passado 2,595 milhões de pessoas em risco de pobreza e com outros problemas daí decorrentes, menos 1,5% que no ano anterior (2015). Destes quase 2,6 milhões de pessoas, 487 mil (18,8% do total) tinham menos de 18 anos e 468 mil (18% do total) tinham mais de 65. Em causa estão dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento feito pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo a Lusa, que se apoia nos dados do INE, casas com falta de divisões habitáveis, sem casas de banho, apertadas e escuras são os problemas nas condições de vida que mais afetam famílias com crianças e que estão em risco de pobreza.
Num ano, de 2015 para 2016, o rendimento médio disponível por família aumentou 79 euros, para 1.497 euros por mês, ou seja, 17.967 euros anuais. De referir que o valor de 2015 esteve ao nível de 2008.
Os dados do inquérito – assenta em entrevistas presenciais feitas em 2016 a 12.287 famílias, incluindo informação sobre 26.565 pessoas – permitem ainda concluir que uma em cada dez pessoas (10,3%) tem falta de espaço para viver, uma condição que afeta sobretudo as famílias com crianças dependentes (17%) e as que estão na pobreza (19,9%).
O INE calculou que o risco de pobreza aumentou para os idosos, situando-se nos 18,3%, mais 1,3% que em 2014. Para os menores de 18 anos, contudo, o risco diminuiu novamente, situando-se nos 22,4% face aos 20% no ano anterior. O risco de pobreza é mais alto entre as famílias com crianças, escreve a Lusa.
De referir que a taxa de risco de pobreza é calculada tendo em conta rendimentos abaixo do limiar de pobreza e indicadores de privação material, que indicam falta de bens ou de dinheiro.
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