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O Banco BPI acaba de concluir o programa de reformas antecipadas e rescisões voluntárias que tinha anunciado no final do passado mês de abril. Como resultado vão sair, "progressivamente, dos quadros do banco 519 colaboradores, 292 por reforma antecipada e 227 por rescisão voluntária", confirmou ao mercado a instituição financeira, recentemente adquirida pelos espanhóis da Caixa Bank, no âmbito de uma oferta pública de aquisição (OPA).

Além destes 519 sairão mais 98 trabalhadores que, tal como aponta a Lusa, já tinham acordado a saída antes do programa mas que terão as mesmas condições. No total, 617 trabalhadores do BPI vão sair do banco (544 este ano e 73 em 2018), num custo de 106 milhões de euros que será refletido já nas contas do primeiro semestre, que serão apresentadas na próxima terça-feira.

A saída destes trabalhadores permitirá poupanças de 36 milhões de euros por ano, segundo a estimativa que consta do comunicado ao regulador dos mercados financeiros. O BPI tinha, no final de março, 5.445 trabalhadores e 538 agências em Portugal.

"A Comissão Executiva do Banco BPI considera que foram adequadamente cumpridos os objetivos estabelecidos, não estando por isso previstos novos programas neste domínio", refere a nota ao regulador, reafirmando "o objetivo de sinergias de 120 milhões de euros anunciado para o final de 2019", pode ler-se no comunicado enviado pelo BPI à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O BPI, recorda a agência de notícias, já tinha vindo a reduzir a sua dimensão nos últimos anos, tanto com o fecho de agências como com a saída de centenas de trabalhadores em rescisões por mútuo acordo e reformas, um processo que o CaixaBank - que desde fevereiro controla mais de 80% do banco - continuou, tal como tinha anunciado no prospeto da OPA, com o objetivo de promover poupanças.

O banco ainda tem formalmente Fernando Ulrich como presidente executivo, enquanto é aguardada a 'luz verde' do Banco Central Europeu (BCE) ao espanhol Pablo Forero. Nessa altura, Ulrich passará a presidente do Conselho de Administração ('chairman'), cargo atualmente de Artur Santos Silva.

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