O Caixabank é o novo dono do BPI. A complexa Oferta Pública de Aquisição (OPA) chegou ao fim, esta quarta-feira, com sucesso e os espanhóis terão terminado com mais de 80% dos títulos, quando antes tinham 45% do capital, mas estavam limitados nos direitos de voto. Desdes os grandes acionistas do BPI, como a empresária angolana Isabel dos Santos ou o Grupo Violas, até aos pequenos investidores todos venderam as ações pelos 1,134 euros oferecidos pelo banco espanhol.
A grande dúvida do momento é se o BPI vai continuar cotado na bolsa nacional, escreve o ECO. No prospeto da oferta, o Caixabank deixa a porta aberta a este cenário, caso atingisse as percentagens necessárias.
Para retirar o BPI da bolsa de Lisboa, o CaixaBank necessita de superar 90% dos direitos de voto correspondentes ao capital social do banco liderado por Fernando Ulrich. Além disso, segundo recorda o jornal, as regras do mercado dizem que para avançar com uma oferta potestativa, é preciso também que tenha conseguido também alcançar 90% dos direitos de voto abrangidos pela oferta.
E caso o banco catalão decida não exercer esse mecanismo, os investidores podem fazer a alienação potestativa. De momento, ainda é preciso apurar ao certo o valor dos títulos conseguidos na operação.
Isabel dos Santos e Violas fora do BPI
Isabel dos Santos, que teve um papel central no controlo da vida do BPI nos últimos anos, deixou agora de ser acionista. A empresária angolana deu uma ordem de venda da participação de 18,5% que tinha no BPI.
Já o Grupo Violas, maior acionista português do BPI, vendeu a posição de 2,681% no capital do banco, ficando com apenas dez mil títulos e Octávio Viana, presidente da ATM, citado pelo jornal online, revelou que “a esmagadora maioria [dos pequenos investidores] aceitou a oferta“, mantendo alguns títulos para eventuais processos judiciais no futuro.
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