
Em Portugal as pessoas trabalham mais horas que na média dos países europeus. O trabalho semanal no país ocupava, no ano passado, 41,1 horas, acima do negociado em contratação coletiva (39,4 horas). Pior que Portugal estão apenas Reino Unido (42,3 horas), Chipre (41,7), Áustria (41,4) e Grécia (41,2). De referir que a média da União Europeia a 28 e a 15 é 40,3 e 40,2 horas semanais, respetivamente.

Em causa estão dados da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound), que se baseiam na informação do Eurostat e abrangem a ocupação principal dos trabalhadores a tempo inteiro. Segundo o ECO, que se apoia nestes dados, não estão incluídos nesta análise os tempos de deslocação entre casa e trabalho, pausas para refeição, faltas por motivos pessoais e educação ou formação não necessária para o desempenho das funções.
No que diz respeito aos dias de férias, em Portugal os trabalhadores têm direito a 22 dias por ano (tanto por imposição legal como através de negociação em contratação coletiva), menos que na Áustria, Dinamarca, França, Luxemburgo e Suécia (25 dias).
Relativamente aos feriados, a Eurofound contabilizou 10 em 2016 em Portugal, excluindo os que calharam a um domingo. Podem existir outros, observados localmente ou resultantes de acordo, por exemplo. De referir que a média da Europa a 28 é de nove, com o topo da tabela a ser ocupado pela Bulgária, com 16.
Tendo por base as horas negociadas em contratação coletiva (39,4, abaixo das horas habituais) e descontados os 22 dias de férias e os 10 feriados, o tempo de trabalho em Portugal ascendeu a 1796,6 horas em 2016, conclui o relatório, salientando que o país encontra-se no 11º lugar do ranking – mas na UE a 15 só Irlanda, Grécia e Luxemburgo ultrapassam Portugal.
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