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Novo imposto sobre o imobiliário levaria ao aumento do preço das casas, diz Centeno
República Portuguesa

O ministro das Finanças Mário Centeno, no âmbito da apresentaçao da proposta do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), disse ser contra a criação de uma nova taxa sobre as mais-valias imobiliárias – a chamada “taxa Robles”. Segundo o governante, com a introdução de um imposto sobre o imobiliário “o mais provável é que os preços subam”.

O mais provável é que quem acabasse por pagar essa taxa não fosse o especulador, mas sim quem compra ao especulador, porque isto é o que acontece em economia”, disse Mário Centeno, em entrevista ao Jornal de Negócios.

“Se o nosso objetivo é controlar uma subida de preços num mercado que está fortemente condicionado pela disponibilidade de casas, como nós temos uma restrição muito forte do lado da oferta, se nós colocarmos um imposto sobre esse mercado o mais provável é que os preços subam e não que desçam”, acrescentou.

A polémica “taxa Robles”

Em causa está a criação de uma taxa que teria como objetivo tributar a especulação imobiliária através de um mecanismo fiscal que sujeitaria a uma taxa especial quem compra e vende imóveis, num curto espaço de tempo, e com rendimento elevado, conforme escrevemos num artigo publicado esta quarta-feira (17 de outubro), na sequência de uma parceria com a PricewaterhouseCoopers (PwC).

Uma polémica que começou depois Ricardo Robles, vereador do BE na Câmara Municipal de Lisboa, ter posto à venda, por 5,7 milhões de euros, um prédio em Alfama que comprou em 2014 à Segurança Social por 347.000 euros. Na sequência deste episódio, Robles demitiu-se de todos os cargos políticos.
 

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