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Marcelo admite que proposta pode estar contaminada pelo “clima eleitoral”
The Kremlin, Moscow

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu que a proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) pode estar contaminada pelo "clima eleitoral". “É inevitável, porque houve uma antecipação das eleições europeias, para o final de maio, e há uma sequência entre as europeias e as legislativas", disse.

Em declarações aos jornalistas na Mata da Nossa Senhora do Castelo, em Vouzela, Marcelo Rebelo de Sousa considerou ser "impossível deixar de acontecer" essa contaminação.

"É inevitável que os partidos todos estejam a pensar em eleições e, por isso, não tenham nem congressos, nem eleições internas durante este período e concentrem as suas campanhas a pensar nos atos eleitorais do ano que vem", sublinhou o chefe de Estado, citado pela Lusa. 

Imperativo cumprir metas

Sobre as contas públicas, e a possibilidade de “descarrilamento”, Marcelo relembrou as palavras de Centeno, e a preocupação fundamental que tem sido, “e vai ser até ao fim da legislatura, cumprir as metas, nomeadamente a meta de défice em termos europeus".

"Países como a Itália, a França ou a Espanha vão ficar com défices muito mais elevados do que os défices não só de Portugal como de outros Estados europeus. Quer dizer que há uma preocupação de controlar o défice", frisou.

Na sua opinião, "é possível utilizar folgas que vêm do crescimento económico, da redução do peso dos juros da dívida pública e, em geral, da gestão orçamental, para ir mais longe num conjunto de despesas", como, por exemplo, as sociais.

De recordar que a proposta de OE2019 será votada na generalidade, na Assembleia da República, no próximo dia 30 de outubro, estando a votação final global agendada para 30 de novembro.

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