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Preço das casas no centro histórico de Lisboa já está a abrandar
Fulvio Ambrosanio/Unsplash

Os preços das casas no centro histórico de Lisboa mantiveram-se praticamente inalterados no primeiro semestre do ano face aos seis meses anteriores, tendo-se registado uma variação residual de apenas 0,1%. Um abrandamento nos preços que se verifica pelo segundo semestre consecutivo, segundo dados da Confidencial Imobiliário (Ci) no âmbito do Índice de Preços do Centro Histórico de Lisboa, que cobre as freguesias da Misericórdia, Santa Maria Maior e São Vicente.

Depois do preço das casas no centro histórico da capital ter abrandado no segundo semestre do ano passado, voltou a cair nos primeiros seis meses deste ano. 

“Esta valorização semestral representa uma desaceleração face aos 5,9% de subida observados no semestre anterior, sendo a segunda contração consecutiva deste indicador. Já no segundo semestre de 2017 a tendência tinha sido de acentuado abrandamento, com a taxa de variação semestral então registada a cair para menos de metade (em cerca de 8,5%) face aos 14,4% observados na primeira metade desse ano. Este abrandamento dos dois últimos semestres faz com que a taxa de variação homóloga se tenha reduzido de forma visível, terminando o primeiro semestre de 2018 nos 6%, após ter atingido os 21,1% no semestre anterior”, refere em comunicado a Ci. 

A empresa – especializada em produção estatística no sector do imobiliário – lembra, no entanto, que os preços das casas na zona histórica de Lisboa estão 68% acima do patamar de 2008. E quando comparados com os valores mínimos registados, no primeiro semestre de 2013, os preços aumentaram 106%. 

Para Ricardo Guimarães, diretor da Ci, “a dinâmica de investimento e de reabilitação, com o crescimento do número de projetos de uso turístico, de comércio e de habitação direcionada para uma gama alta de mercado, além do crescimento da procura internacional, favoreceram o surgimento de uma dinâmica de valorização que, primeiramente, se fez sentir no centro histórico e depois começou a contagiar outras zonas da cidade”.

“A intensidade dessa dinâmica e o nível de preços entretanto atingido no centro histórico deixavam antecipar que o ritmo de valorizações fosse progressivamente suavizar. No contexto da cidade, esta deverá também ser a tendência, embora um pouco desfasado no tempo face ao centro histórico”, conclui o responsável.

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