
Tudo mudou no mundo dos negócios para os russos. As sanções económicas e financeiras aplicadas à Rússia decorrentes da guerra na Ucrânia estão a travar transações imobiliárias em Portugal. E uma delas ocorreu no início do mês, no Algarve: jovens representantes de entidades russas não avançaram com a compra de quatro casas de luxo por quatro milhões de euros, depois de terem sido questionados sobre a origem do dinheiro.
O negócio envolvia uma casa de luxo no valor de dois milhões de euros e outras três com valores superiores a 500 milhões de euros. E os compradores eram jovens com pouco mais de 20 anos. Na hora de avançar com a compra destes imóveis, os jovens dirigiram-se a notários na zona da Grande Lisboa, escreve o Correio da Manhã na sua edição impressa.
Mas o negócio ficou congelado depois de terem sido solicitados dados da conta bancária de onde seria transferido o dinheiro para pagar as casas, tal como prevê a lei de prevenção de branqueamento de capitais. Recorde-se que a Lei n.º 89/2017 obriga a indicação dos meios de pagamento e do beneficiário efetivo do negócio aquando de uma escritura de compra de venda de imóveis.
O avultado valor das casas somado à idade dos jovens geraram suspeitas sobre os verdadeiros compradores destes imóveis, tendo sido colocada a hipótese de que estes jovens seriam testas de ferro de oligarcas, multimilionários ou entidades russas que estão impedidos de realizar negócios no país, referiu o mesmo jornal.
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