Em causa estão 410 imóveis dos CTT avaliados em 134 milhões de euros. A ideia passa por valorizar património imobiliário.
Comentários: 0
CTT criam veículo de gestão imobiliária
CTT

Os CTT-Correios de Portugal querem criar um novo veículo que vai deter e gerir o seu portefólio de retalho e logística. E para o efeito já entraram em “negociações exclusivas” com um investidor independente, cuja identidade não é revelada. Em causa está um portfólio de 410 imóveis de retalho e logística, que estão avaliados em 134 milhões de euros.

Depois do processo ter “atraído o interesse de múltiplas partes”, os CTT decidiram entrar em negociações exclusivas com uma terceira parte que apresentou a “oferta mais adequada” e que “irá co-investir no veículo em conjunto com investidores adicionais”, referem em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) este domingo, dia 19 de junho de 2022.

Assim, “os CTT pretendem acelerar o processo de criação do veículo a ser objeto de investimento por parceiros institucionais e 'family offices' e administrado por um gestor de ativos especializado e independente”, referem no documento. E os seus principais objetivos passam por:

  • Separar cerca de 400 imóveis, tanto de retalho como operacionais, “cristalizando o seu valor”;
  • Otimizar o retorno da gestão dos imóveis não utilizados e vagos;
  • Criar um veículo para "financiar o potencial de crescimento para futuras oportunidades de construção de uma rede logística para os CTT", explicam.

E, de acordo com o documento, neste novo veículo vão ser incluídos os seus portefólios de ativos imobiliários - sobre os quais os CTT irão manter uma posição maioritária - que possuem características diferentes: um portefólio de rendimento e outro portefólio de desenvolvimento.

Imóveis dos CTT
João Bento, CEO, CTT Portugal CTT

Portefólio de rendimento composto sobretudo por lojas e ativos de logística

Esta carteira de ativos possui “os pontos de presença CTT, em especial as lojas próprias, as quais estão situadas normalmente no centro das localidades, em todo o território nacional, e ainda armazéns e centros de logística e distribuição”, lê-se na mesma nota que refere ainda que, além destas tipologias, contempla ainda ativos residenciais, de serviços e ainda “potenciais oportunidades de expansão, nomeadamente na rede logística, em Portugal e Espanha (oportunidades de expansão build-to-suit)”.

“O portefólio de rendimento compreende cerca de 400 imóveis localizados em Portugal com um valor contabilístico líquido de 110 milhões de euros e uma área bruta locável (ABL) de cerca de 240 mil metros quadrados”, referem.

Nesta nova fase, a ideia dos CTT passa, em concreto, por maximizar o valor do portefólio de rendimento, através da

  • otimização da sua gestão corrente;
  • melhoria da ocupação com captação de novos inquilinos;
  • procura oportunidades de microdesenvolvimento.

Lojas dos CTT
Loja dos CTT CTT

Portefólio de desenvolvimento possui 10 imóveis avaliados em 24 milhões

Esta carteira inclui “imóveis localizados em áreas com potencial para projetos de desenvolvimento de uso misto e que podem vir a tornar-se, num futuro próximo, não essenciais para as redes de logística dos CTT”, explicam.

E será constituído por até 10 imóveis localizados em Portugal, com um valor contabilístico líquido de 24 milhões de euros, sendo que cada um destes imóveis será “considerado autonomamente”, tendo por base o seguinte:

  • o calendário para vir a tornar vagos os ativos;
  • nas potenciais oportunidades de desenvolvimento que possam existir ou surgir;
  • e nas características específicas de cada imóvel.

Logística CTT
CTT
Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta