
Está a importar-se e a exportar-se mais produtos em Portugal. É isto mesmo que confirmam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE): em termos nominais, as exportações aumentaram 40,6% em maio de 2022 face ao mesmo mês do ano passado. E as importações de bens para o país subiram 46,4% entre estes dois momentos. E a inflação é que explica boa parte deste crescimento dos negócios internacionais.
Há uma aceleração destas transações de bens com outros países em território nacional. Se em abril desde ano, as exportações cresceram 16,8% e as importações 29,1% face ao período homólogo, em maio ambas registaram uma subida superior a 40%, mostra o boletim do INE publicado esta segunda-feira, dia 11 de julho de 2022.
“Cerca de metade destas variações traduzem crescimento de preços: os índices de valor unitário (preços) registaram variações homólogas de +17,2% nas exportações e +24,3% nas importações”, lê-se na mesma publicação.

- Fornecimentos industriais (+60,3% na exportação e +38,6% na importação, respetivamente), com especial incidência nas exportações de produtos farmacêuticos;
- Importação de combustíveis e lubrificantes (+147,8%), explicado em parte pelas transações de gás natural.
No trimestre terminado em maio de 2022, as exportações e as importações cresceram 23,3% e 35,3%, respetivamente, em relação ao mesmo período de 2021 (+16,5% e +33,8%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em abril de 2022).
O défice da balança comercial de bens agravou-se em 976 milhões de euros face a maio de 2021, atingindo 2.421 milhões de euros. Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice totalizou 1.300 milhões de euros, aumentando 296 milhões de euros relativamente a maio de 2021.
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