Mais construção de edifícios em julho fez subir produção na construção para 2,1% face a julho de 2021, mostram dados do INE.
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Salários sobem na construção
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A construção vive tempos desafiantes num contexto marcado pela inflação, altos custos da energia e problemas na cadeia de abastecimento. Os preços dos materiais e matérias-primas estão mais caros, elevando os custos da construção de casas novas – registaram uma subida homóloga de 13,4% em julho. Mas, além desta questão, o setor depara-se também com um problema estrutural: há falta de mão de obra especializada. E tudo isto faz com que os custos subam: em julho os trabalhadores na construção viram as remunerações subir 6,9% face ao período homólogo e 3,6% face a junho.

Faltam 80 mil trabalhadores no setor da construção em 2022 face ao ano anterior, disse Manuel Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), em janeiro. Esta é uma questão estrutural do país e para atrair mão de obra qualificada, as empresas têm vindo a subir salários.

As remunerações aos trabalhadores da construção subiram 6,9% em julho de 2022 face ao mesmo mês do ano passado. No mês anterior, a variação homóloga foi de 6,2%, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta segunda-feira, dia 12 de setembro  E também revelam que em julho houve mais profissionais contratados: o índice de emprego apresentou uma variação homóloga de 1,6% (2,0% no mês anterior).

Já face ao mês anterior, “o emprego e as remunerações [em julho] registaram taxas de variação de -0,1% e 3,6%, respetivamente”, refere ainda o boletim.

Produção na construção subiu 2,1% em julho

Com mais trabalhadores na construção e mais projetos licenciados, mais se produziu em julho. Segundo o INE, “o índice de produção na construção passou de um aumento homólogo de 1,6% em junho para 2,1% em julho, em resultado de acelerações em ambos os segmentos:

▪ a construção de edifícios aumentou 2,4% em julho (1,9% em junho);

 ▪ a engenharia civil passou de uma variação de 1,0% para 1,8% em julho.

De notar que a variação homóloga da produção na construção em julho, embora tenha sido superior à registada em maio (1,9%) e junho (1,6%) é inferior à observada nos meses de abril (3,7%) e março (4,4%), mostram os dados.

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