Projeto imobiliário foi aprovado pela autarquia de Sesimbra em véspera de ser validado o PDM, que o poderá condicionar.
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Empreendimento turístico em Sesimbra
Flickr | Wikimedia Commons

A polémica volta a estar instalada na margem sul do Tejo. A autarquia de Sesimbra deu luz verde a um megaempreendimento turístico a ser desenvolvido na zona sul da Mata de Sesimbra. Mas, além de este projeto ter sido travado no passado, o empreendimento foi aprovado pela Câmara de Sesimbra em vésperas de validação do novo Plano Diretor Municipal (PDM), um documento que prevê a redução do número de camas turísticas em 50%.

Foi no passado dia 12 de outubro que o Executivo municipal de Sesimbra aprovou um contrato de urbanização com a Magna Woodlands — Eco Resort, uma sociedade anónima criada em dezembro de 2020 que possui um capital social de 50 mil euros e prometeu investimentos superiores a 12 milhões de euros. Trata-se de um empreendimento turístico que projeta 18 mil camas, distribuídas por três aldeamentos em 650 mil metros quadrados de área de construção, escreve o Expresso.

Este não é um projeto imobiliário novo. Os antigos proprietários Greenwood/Pelicano/Espart já haviam tentado avançar com este empreendimento na Mata de Sesimbra, mas foram travados. Isto porque houve suspeitas de uma operação levada a cabo pela Greenwood ter gerado perdas de milhões para o Banco Espírito Santo (BES), conta o mesmo jornal. Com a queda do BES e a crise financeira de 2011, o processo acabou por ser suspenso. E está sob investigação do Ministério Público desde 2021.

Mesmo estando envolto de polémica, a Câmara de Sesimbra decidiu aprovar o projeto imobiliário em vésperas de aprovar o PDM, que o pode limitar. O acordo foi criticado na Assembleia Municipal: “Trata-se de um contrato que vale muito dinheiro”, disse o deputado Paulo Caetano (independente eleito pelo PS), frisando que este projeto imobiliário pretende assegurar direitos caducados, referindo-se à avaliação ambiental com mais de 10 anos e ao PDM que está em revisão há 15 anos.      

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1 Comentários:

pedro
29 Novembro 2022, 13:32

Mais um megaprojeto para deitar abaixo uma area de 650000metros quadrados!
Que se lixe o ambiente, que se lixe as alterações climática, que se lixe a qualidade do ar!
E viva a ganancia!!Lamentável como ainda se verga o interesse de todos ao interesse de alguns!

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