Arrendar casa é uma solução cada vez mais procurada pelos portugueses, mas a oferta não está a responder à procura, o que ajuda a contribuir para que as rendas praticadas no mercado continuem a subir. Isso mesmo mostram, de resto, os dados mais recentes do idealista e do Instituto Nacional de Estatística (INE). As conclusões dos Censos 2021 ajudam, também, a dar força a este cenário, sendo que o valor médio das rendas aumentou 42% face aos Censos anteriores, realizados em 2011. E mais: em cerca de 18% dos imóveis arrendados, as rendas superam os 500 euros.
Segundo a Marktest, que se baseia em dados dos Censos 2021 do INE, disponíveis no sistema de geomarketing Sales Index e na sua aplicação web Municípios Online, havia em Portugal, no ano passado, 922.810 alojamentos arrendados, o equivalente a 15,5% do total de alojamentos clássicos. Por regiões, é na Grande Lisboa que existem mais casas arrendadas.
No que diz respeito ao valor das rendas praticadas em 2021, ronda em termos médios 334 euros, “montante que no anterior recenseamento era de 235 euros”. O que significa, refere a Marktest, que no espaço de 10 anos o valor médio das rendas subiu 99 euros (42%).
Os dados permitem ainda concluir que “os escalões de renda entre 200 e 399 euros são os mais frequente em Portugal, representando 40,4% dos alojamentos arrendados”. “No total, 30,1% dos alojamentos arrendados têm uma renda inferior a 200 euros e 17,7% têm uma renda igual ou superior a 500 euros”, lê-se no site da Marktest.
Destaque para o facto de Cascais (Lisboa) ser o concelho onde a percentagem de alojamentos com renda igual ou superior a 500 euros está acima de 40%: é de 46,6%. Lisboa (41,8%) e Oeiras (40,9%) completam o pódio, encontrando-se no segundo e terceiro lugares, respetivamente.
Outa curiosidade: há apenas 13 concelhos onde não existem alojamentos arrendados com rendas iguais ou superiores a 500 euros:
- Sátão;
- Arronches;
- Trancoso;
- Almeida;
- Nordeste;
- Manteigas;
- Monforte;
- Armamar;
- Vila Nova de Gaia;
- Góis;
- Porto Moniz;
- Pampilhosa da Serra;
- Corvo.
Arrendar casa em Portugal ficou 20,2% mais caro em 2022
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A Comissão Europeia quer incentivar os países da União Europeia a apoiarem as suas economias para aumentar a oferta de habitação acessível através de um alívio nas regras dos auxílios estatais, que deixam de ter de ser notificados.
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