
Vai ser aberto um novo concurso público para vender o antigo edifício da Escola Superior de Dança, em Lisboa, pelo valor mínimo de 10 milhões de euros. A garantia é dada pelo Instituto Politécnico de Lisboa, que não recebeu, contudo, quaisquer propostas para a aquisição do ativo na sessão fechada na passada sexta-feira. Já o Governo garante que o imóvel não será vendido a privados sem que antes seja avaliada a possibilidade de o edifício integrar a bolsa de imóveis do Estado.
Na passada sexta-feira, dia 24 de fevereiro, decorreu sessão pública para a receção de propostas de aquisição deste antigo edifício localizado no Bairro Alto. Mas, apesar de haver vários interessados no ativo, a sessão fechou sem que nenhuma proposta para a compra do imóvel fosse apresentada. O Politécnico de Lisboa pediu o valor mínimo de 10 milhões de euros, conta a SIC Notícias.
Este edifício situa-se no Bairro Alto, uma das zonas mais caras da capital. E se acabar vendido aos privados, poderá ser convertido num condomínio habitacional de luxo, num momento em que o Governo de António Costa está empenhado em aumentar a oferta de casas no mercado, nomeadamente através da reabilitação de casas devolutas e o seu arrendamento "compulsivo" a privados.
Sobre este ponto, o gabinete da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunado, garante que o imóvel não vai ser vendido a privados sem que antes seja avaliada a capacidade habitacional do edifício, para integrar, eventualmente, a bolsa de imóveis do Estado, refere a mesma publicação.
Mas o Politécnico de Lisboa insistiu na passada sexta-feira que mantém o foco na venda do imóvel o quanto antes, porque precisa do capital para construir as novas instalações da Escola Superior de Dança, a qual está instalada no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa desde 2018, altura em que os professores e alunos tornaram públicas as más condições do antigo imóvel situado no centro de Lisboa. Neste sentido, a instituição pública admite que vai abrir em breve um novo concurso para vender o edifício, onde não chegaram a ser feitas obras de reparação.
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