Promotora imobiliária israelita prevê investir 200 milhões de euros no Seixal, para onde quer levar o seu conceito de casas Alive.
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Casas Alive do grupo Fortera
Grupo Fortera

O Grupo Fortera mantém os planos de apostar em projetos imobiliários fora do Grande Porto, ambicionando expandir o seu conceito de habitação – designado Alive – para a Área Metropolitana de Lisboa, em concreto no Seixal, onde planeia investir 200 milhões de euros. Isso mesmo tinha revelado, três semanas antes de ser detido, no âmbito da Operação Babel, Elad Dror, o até então CEO da promotora imobiliária israelita. O novo CEO da empresa, Pedro Ferreira, confirma agora esta aposta, não se comprometendo, no entanto, com datas. 

“Depois de ter arrancado a primeira fase de construção do empreendimento residencial Alive Riverside em Vila Nova de Gaia, o grupo Fortera decidiu expandir este conceito de habitação também para o sul do país, anunciando um novo investimento de 200 milhões de euros. Assim nasce o empreendimento Alive na Margem Sul de Lisboa, que deverá começar a ser construído ainda este ano”, escrevemos dia 26 de abril. 

Mas muita coisa mudou, entretanto, na estrutura da empresa: Elad Dror renunciou ao cargo, no âmbito da Operação Babel – investiga crimes de recebimento ou oferta indevidos de vantagem, de corrupção ativa e passiva, de prevaricação e de abuso de poder –, e acabou por ser detido, tendo saído em liberdade após prestar caução de um milhão de euros. Para o seu lugar entrou Pedro Ferreira, que “é um dos primeiros membros da Fortera” e era, antes de ser promovido a CEO, “diretor de engenharia e construção”. 

Citado pelo Jornal de Negócios, o novo líder do grupo Fortera assegurou que a empresa “continua a analisar projetos para o desenvolvimento do seu negócio mais para sul do país”. “Mantemos a decisão estratégica de expansão para que a curto/médio prazo estejamos efetivamente na Área Metropolitana de Lisboa”, referiu. 

Segundo Pedro Ferreira, o Seixal será mesmo o primeiro concelho da AML a receber o novo conceito de habitação do grupo Fortera: “Pelo seu potencial e características fantásticas, seria um local de excelência para o desenvolvimento do primeiro Alive nessa área. O projeto e conceito Alive terá muito sucesso nesse mercado”. 

Relativamente a arranque das obras do referido empreendimento, o primeiro anúncio, feito na altura por Elad Drod, apontava para o final de 2023, estando a conclusão do empreendimento prevista para 2026. Mas será mesmo assim? O novo CEO do grupo Fortera optou por não se comprometer com datas, salientando que “o investimento será gradual e de acordo com o potencial e evolução do mercado local e nacional”. O objetivo para a Margem Sul de Lisboa “é uma expansão e comercial para criar um novo ‘central business district’”, acrescentou, citado pela publicação.

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