Coimbra verá nascer uma nova urbanização na Quinta da Casa Amarela, que será composta por seis blocos de apartamentos, com 112 fogos, além de uma superfície comercial que irá ocupar 3.300 metros quadrados (m2). Mas é estrada que será ali instalada – e que irá “rasgar” a mancha verde do vale em Montes Claros – que está a preocupar os moradores (e a própria auatarquia).
A vizinhança tem receio que a área de impermeabilização do vale fique em risco e represente uma ameaça para os prédios das ruas vizinhas, tal como avança o Público. Os moradores temem que o curso de água seja encanado e que a remoção de vegetação aumente o risco de derrocada e deslizamento de terras nas encostas.
Além da impermeabilização dos solos, prevê-se um aumento da pressão automóvel, em contraciclo com as políticas urbanas que várias cidades têm implementado para retirar carros das ruas e diminuir a emissão de gases de efeito estufa, tal como escreve o jornal.
Entretanto, as obras de preparação no local já arrancaram, mas a verdade é que o atual executivo da câmara tem algumas dúvidas sobre o projeto.
Segundo o Público, “quando o Pedido de Informação Prévia (PIP) sobre esta operação de loteamento foi à reunião de executivo, em 2021, a vereadora Ana Bastos, que hoje tem o pelouro do planeamento territorial, mas que na altura estava na oposição [quando a autarquia era liderada pelo PS de Manuel Machado], expressou muitas das mesmas reservas apontadas agora pelos moradores”.
Já este ano, e quando foi aprovada alteração ao alvará do loteamento, a governante expressou as mesmas dúvidas, lembrando, contudo, que PIP é vinculativo e o atual executivo “só poderia evitar o avanço da operação “à custa de indemnizações com valores extremamente avultados”.
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