
As estimativas provisórias do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam-se: a inflação em Portugal aumentou para 3,7% em agosto, ficando 0,6 pontos percentuais acima da registada em julho. E esta aceleração deveu-se, sobretudo, ao aumento dos preços dos combustíveis no país. Já a inflação dos últimos 12 meses sem habitação, que conta para o cálculo da atualização das rendas, situou-se nos 6,9% em agosto.
“A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou para 3,7% em agosto, taxa superior em 0,6 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, começa por explicar o INE no boletim publicado esta terça-feira, dia 12 de setembro.
E porque é que a inflação em Portugal subiu em agosto, depois de ter estado vários meses a cair? “Esta aceleração é essencialmente explicada pelo comportamento dos preços dos combustíveis, que contribuíram em 0,7 pontos percentuais para o aumento da variação homóloga do IPC”, explicam desde o gabinete de estatística português.
Desagregando os indicadores voláteis da inflação em Portugal, o INE refere que:
- os preços dos produtos energéticos desaceleraram 6,5%, mas menos que no mês anterior (-14,9%);
- o preço dos produtos alimentares não transformados desacelerou para 6,4%, face aos 6,8% do mês anterior.
Já a inflação subjacente – que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos – desacelerou, registando uma variação de 4,5% em agosto, contra 4,7% em junho.
Importa recordar que para a atualização das rendas do próximo ano é considerada a variação média dos últimos 12 meses da inflação sem habitação, que se fixou em 6,9% em agosto.
Quanto à variação mensal, a inflação subiu 0,3% (-0,4% no mês precedente e -0,3% em agosto de 2022), enquanto a variação média da inflação nos últimos 12 meses diminuiu para 6,8%, contra 7,3% no ano terminado em julho.
Inflação de Portugal harmonizada para a Zona Euro subiu para 5,3%

Para comparar a inflação nos diferentes países da Zona Euro é utilizado o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC). E o INE indica que IHPC português apresentou uma variação homóloga de 5,3%, 1,0 ponto percentual acima do registado no mês anterior e idêntica ao valor estimado pelo Eurostat para a zona euro (em julho, a taxa de variação homóloga do IHPC português tinha sido inferior em 1,0 ponto percentual à da área do euro).
“Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 6,4% em agosto (6,2% em julho), superior à taxa inferior para a zona euro (estimada em 6,2%)”, explica o INE.
Quanto à variação mensal, o IHPC português registou uma variação de 0,8% (-0,4% no mês anterior e -0,2% em agosto de 2022). E observou-se ainda uma variação média dos últimos 12 meses de 7,6% (8,0% no mês precedente).
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