Fica a par do consumo colaborativo, o que é e de que forma poderá ajudar-te a poupar e até reduzir o desperdício.
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Consumo colaborativo
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São milhares as pessoas que hoje em dia apostam no consumo colaborativo. Este fenómeno que é uma derivação da economia partilhada, tem feito cada vez mais parte do nosso quotidiano, mesmo que ainda alguns consumidores não consigam perceber o seu verdadeiro significado. 

Para esclarecer as tuas dúvidas sobre o consumo colaborativo criamos este guia, que te permitirá entender a tendência que está a moldar os nossos comportamentos.

O que é o consumo colaborativo?

O consumo colaborativo sugere trocar, emprestar e comprar objetos usados em vez de comprar novos. Ou seja, é um modelo de compra inovador, que visa fomentar a colaboração entre consumidores, com vista à utilização mais eficiente dos recursos disponíveis. Ao fim e ao cabo, o principal intuito do consumo colaborativo é reduzir o impacto ambiental e, em paralelo, garantir o desperdício zero. 

Por isso mesmo, o consumo colaborativo tem como princípio, o facto de que todos os objetos trocados ou partilhados terem um valor semelhante, sem envolver dinheiro. Ao eliminar transações monetárias, este modelo de negócio incentiva uma comunidade baseada na confiança. 

Imaginemos, por exemplo, que tens um smartphone em bom estado, mas que já não usas. Poderás dá-lo a um amigo, que assim não precisará de adquirir um novo. O teu amigo por sua vez poderá dar-te uma televisão. Esta é uma resposta imediata às necessidades das partes envolvidas e que ajuda também a poupar dinheiro

Consumo colaborativo: vantagens e desvantagens 

O que é o consumo colaborativo
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O consumo colaborativo tem vantagens como desvantagens, que são amplas e merecem a tua atenção cuidadosa.

À primeira vista, o consumo colaborativo promove a partilha. Ou seja, destaca-se pelo fator humano das transações. Um exemplo claro é a partilha de carro, onde colegas de trabalho, combinam alternar a condução, utilizando um só veículo. Estarão a poupar no combustível, a reduzir o desgaste dos veículos e contribuem também para a diminuição dos congestionamentos nas estradas portuguesas. 

Além disso, o consumo colaborativo também contribui para a redução das emissões de dióxido de carbono e revela-se uma opção mais ecológica. De mencionar ainda como os consumidores, nestas situações, têm acesso a alternativas que, de outra não estariam disponíveis.

Poderão existir, no entanto, desvantagens associadas como as limitações na legislação, que resulta em disputas, como o caso recente de disputa entre os taxistas e a rede Uber. Pode levar ainda à concorrência desleal, podendo prejudicar setores estabelecidos que operam sob normas mais rígidas.

A falta de regras pode levar a uma má utilização, além de falhar algumas vezes na proteção ao utilizador.

Como é que posso poupar com o consumo colaborativo?

trocas entre amigos
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O consumo colaborativo pode ser colocado em prática de diferentes maneiras, algumas das quais poderão estar relacionadas com o mercado imobiliário. Importa perceber, no entanto, que embora não implique a troca financeira, poderão existir pequenos investimentos de cada pessoa, que queira adquirir alguma coisa com um grupo de amigos ou com a sua família. São exemplos:

  • Trocas colaborativas: podem ser feitas também trocas colaborativas e conscientes, por exemplo, quando uma casa é trocada por outra, quando trocas peças de vestuário ou mobiliário com os teus amigos sem nunca recorrer a transações;
  • Partilha de tempo e competências: poderás dedicar algum tempo a cuidar do animal de estimação do teu amigo, enquanto ele, noutro dia poderá ajudar-te nas tarefas domésticas. Também podem ser feitas outras trocas, adaptadas à tua realidade;
  • Troca de eletrodomésticos: podes trocar uma televisão de maiores dimensões, por outra mais pequena com um amigo ou familiar, podes trocar o computador ou até máquinas de lavar roupa;
  • Jardinagem colaborativa: pode ser criada uma comunidade de troca de plantas e sementes no teu condomínio, o que permitirá a cada participante contribuir com variedades de espécies para o quintal. 

Consumo colaborativo: exemplos atuais e como iniciar 

Partilhar carro
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Atualmente, existem plataformas e ferramentas digitais que promovem o consumo colaborativo. Um dos principais exemplos é o HomeExchange, que assegura a troca direta de casa durante as férias ou trabalho. Podes deixar que uma pessoa venha para a tua casa enquanto tu vais para a sua. Estarão ambas a poupar com as despesas relacionadas com o alojamento.

Outra plataforma em considerar é o Airbnb, que reúne proprietários de mais de 35.000 cidades, espalhadas por 192 países e permite procurar e arrendar residências a um custo mais baixo que o de um hotel. A plataforma de viagens BlaBlaCar permite dar boleia a várias pessoas que tenham o mesmo destino que o teu. Apesar de cada viagem ter um custo associado é um valor mais em conta e permite viajar em segurança e ajudar o ambiente. 

Podes ainda explorar a Freecycle, uma rede de troca de bens com mais de 9 milhões de membros em todo o mundo. Permite procurar produtos específicos que acabarão por ser oferecidos de forma totalmente gratuita. Podes criar uma conta grátis e encontrar opções adaptadas a todas as idades. 

Estas plataformas oferecem um ponto de partida acessível e prático para começar a explorar e beneficiar do consumo colaborativo.

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