Um vulcão entrou em erupção no sudoeste da Islândia este domingo, e o rio de lava chegou mesmo a atingir os arredores de Grindavik, uma pequena cidade piscatória a meio da tarde, incendiando algumas casas. O local foi evacuado por precaução e nenhuma pessoa esteve em perigo. A atividade vulcânica parece estar agora menos ativa, segundo avança a Reuters esta segunda-feira, 15 de janeiro de 2024, mas o cenário continua instável.
"Um dia negro", diz a manchete da primeira página do jornal islandês Morgunbladid, sobre uma imagem de fontes de lava laranja brilhante e casas em chamas na cidade de Grindavik, a cerca de 40 quilómetros a sudoeste da capital Reykjavik.
Imagens de vídeo desta segunda-feira, diz a agência de notícias, mostram lava laranja a fluir para a superfície, mas em volumes menores e mais longe da cidade. Nas últimas semanas, as autoridades islandesas têm estado a monitorizar a situação e construíram barreiras de proteção em torno de Grindavik.
"Infelizmente (a lava) foi um pouco mais para o sul do que esperávamos", disse o chefe da Proteção Civil e Gestão de Emergências da Islândia, Vidir Reynisson, numa conferência de imprensa no final do domingo. No entanto, as barreiras defensivas construídas ao norte de Grindavik ajudaram a desviar os fluxos de lava para o oeste, para longe da cidade.
Esta é a quinta erupção vulcânica na Islândia em quase três anos, tendo a anterior ocorrido na noite de 18 de dezembro de 2023 nesta mesma zona.
Grindavik, uma pequena cidade com 4.000 habitantes, já tinha visto retirar todos os respetivos habitantes a 11 de novembro de 2023 como medida de precaução após centenas de sismos provocados pela deslocação do magma sob a crosta terrestre - um precursor de uma erupção vulcânica. Estes terramotos danificaram a cidade, criando grandes fissuras nas estradas, casas e edifícios públicos.
Pouco depois da erupção de 18 de dezembro, os habitantes foram autorizados a regressar brevemente e, cinco dias depois, a 23, de forma permanente, antes de serem novamente retirados na madrugada de domingo.
As autoridades locais tinham dado uma ordem no sábado à noite (13 de janeiro) para que os habitantes abandonassem a localidade até segunda-feira, devido à atividade sísmica e ao impacto nas fendas existentes na cidade. Por conseguinte, tiveram de acelerar o ritmo durante a noite.
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