Mudança de ministérios para CGD sem condições para avançar, diz novo Governo

No final de março e antes de tomar posse, o novo Governo liderado por Luís Montenegro viabilizou a mudança de ministérios para a sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), em Lisboa. Mas agora o recém-empossado ministro da Presidência, António Leitão Amaro, veio dizer que a mudança do Governo para o edifício da CGD “não estava preparada” pelo anterior Executivo socialista, pelo que não há, para já, condições para avançar.

"Nem o edifício [da CGD], nem a transferência estava em condições para o Governo estar operacional", afirmou António Leitão Amaro, ministro da Presidência, depois da primeira reunião do Conselho de Ministros do novo Executivo da Aliança Democrática (AD), que se realizou esta quarta-feira, dia 3 de abril.

Portanto, o novo Governo de Montenegro deparou-se com uma mudança dos ministérios para o edifício sede da CGD “não preparada” pelo anterior Executivo, resultado dos avanços e recuos deste processo de transferência ao longo dos últimos três anos.

Foi por isso mesmo que a reunião do Conselho de Ministros teve lugar na Residência oficial do primeiro-ministro esta quarta-feira ao invés de ser realizada na sede da CGD, uma vez que “não há uma sala de Conselho de Ministros naquele edifício”, referiu António Leitão Amaro. Ainda assim, última reunião de ministros de Costa foi realizada na semana passada numa sala de trabalho do banco estatal, que “não estava disponível para o novo Governo” utilizar esta quarta-feira, disse citado pelos meios de comunicação nacionais.

É neste sentido que o novo ministro da Presidência conclui que “este Governo tem aí um dossiê para analisar em detalhe e realizar muito que não estava feito". Neste sentido, o governante não se compromete com datas para a conclusão da transferência dos ministérios para a sede da CGD, dando sinais de que não há ainda condições para que isso aconteça.

Importa recordar que a CGD continua a ocupar o edifício sede e que a sua mudança para o novo edifício WellBe, no Parque das Nações, só deverá estar concluída em 2026. Dos 90 mil metros quadrados do edifício sede onde é previsto instalar ministérios e outros órgãos da administração pública, só cerca de 3 mil é que estão já ocupados pelos serviços públicos, havendo, portanto, ainda muito a fazer nesta matéria.