
Foi no mercado de arrendamento que muitas famílias encontraram uma solução habitacional em 2023, numa altura em que comprar casa ficou mais caro, tanto pela subida de preços, como pelo aumento dos juros no crédito habitação. O Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que foram celebrados mais 2% de novos contratos de arrendamento em 2023 do que no ano anterior. Contas feitas, foram assinados 94.617 novos contratos, o maior número registado em sete anos. O que também salta à vista é que as rendas das casas subiram muito mais nesse período.
O balanço do ano 2023 mostra que foram celebrados 94.617 novos contratos de arrendamento habitacional no nosso país, mais 2,1% do que no ano anterior. Ao olhar para a série estatística do INE, publicada esta quinta-feira (dia 18 de julho), verifica-se que este foi mesmo o maior número de novas casas arrendadas desde 2017.
Mas onde é que foram celebrados mais contratos de arrendamento? Os dados do INE revelam que:
- a Grande Lisboa concentrou cerca de um quarto dos novos contratos de arrendamento (23.415).
- na Área Metropolitana do Porto foram arrendadas 16.513 novas casas (17,5% do total).
- na Península de Setúbal foram celebrados cerca de 6.800 novos contratos (7,2%);
- e no Algarve registaram-se quase 5.500 novos arrendamentos (5,8%)
Só a Grande Lisboa e na Área Metropolitana do Porto foram realizados, em conjunto, 42,2% do total de novos contratos do país. Já “no Baixo Alentejo foi realizado o menor número de novos contratos de arrendamento (512)”, lê-se no comunicado.
Renda das casas continuou a subir…
Num contexto de falta de oferta de habitação a preços acessíveis, este maior dinamismo da procura de casas para arrendar acabou por aumentar ainda mais os preços. “Em 2023, a renda mediana dos 94.617 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 7,21 euros/m2, tendo aumentado 10,6% em relação ao período homólogo”, revela ainda o INE.
As rendas das casas situaram-se acima do valor nacional nas seguintes sub-regiões:
- Grande Lisboa (11,93 euros/m2);
- Península de Setúbal (8,92 euros/m2);
- Algarve e Região Autónoma da Madeira (ambas com 8,33 euros/m2);
- Área Metropolitana do Porto (7,98 euros/m2).
Entre os 308 municípios do país, 38 apresentaram rendas das casas acima do valor nacional. Lisboa registou o valor mais elevado (15,22 euros/m2), destacando-se, ainda, com valores iguais ou superiores a 10,00 euros por metro quadrado: Cascais (14,22 euros/m2), Oeiras (13,00 euros/m2), Porto (11,72 euros/m2), Amadora (10,72 euros/m2), Almada (10,67 euros/m2), Odivelas (10,02 euros/m2) e Matosinhos (10,00 euros/m2).
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