
Quando apresentou a estratégia de habitação para o país, o novo Governo de Luís Montenegro anunciou que iria pôr fim ao arrendamento coercivo – previsto no programa Mais Habitação do antigo Executivo socialista – e avançar com a “injeção semiautomática de imóveis devolutos” públicos no mercado. Ministro veio garantir que a “medida está em marcha”.
Miguel Pinto Luz, que esteve esta quarta-feira, 24 de julho de 2024, em audição na Assembleia da República, veio deixar claro que o Governo quer “atuar do lado da oferta pública” e que a revisão da lei dos solos, por exemplo, vai alargar o âmbito de recurso das autarquias nessa matéria.
Sobre a disponibilização de imóveis públicos, o ministro das Infraestruturas e da Habitação disse que “a medida está em marcha”, mas confirmou o “problema” de o Estado não saber quantos são.
O deputado da IL, Carlos Guimarães Pinto, elogiou o regime semiautomático de aproveitamento dos devolutos do Estado, mas deixou perguntas sobre a sua execução prática.
Miguel Pinto Luz adiantou que a resposta a essa “pergunta-chave” está a ser trabalhada pela Estamo, empresa de capital público responsável pela gestão, venda, arrendamento e promoção do património imobiliário.
“Esses imóveis têm de ser todos colocados numa única bolsa”, sustentou o governante, remetendo para depois a decisão sobre o destino das receitas, considerando, porém, que devem ser alocadas às entidades públicas detentoras do património (ou seja, um imóvel da Segurança Social deve traduzir-se em dividendos para a própria segurança social).
*Com Lusa
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