Banco central japonês deverá continuar a aumentar os juros de referência, se previsões do PIB e inflação se cumprirem.
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Taxas de juro no Japão
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Lusa
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O Banco do Japão (BoJ) anunciou esta quarta-feira, dia 31 de julho, uma subida das taxas de juro de referência no curto prazo até 0,25%. Este é o segundo aumento anunciado pelo BoJ este ano, representado um novo passo para a normalização da política monetária do país.

Além desta decisão, que se segue ao aumento de 0,1% em março, pondo fim à política de taxas negativas, o banco central japonês decidiu reduzir progressivamente a compra maciça de obrigações do tesouro, durante a reunião da junta de política monetária, agora concluída.

O BoJ decidiu este aumento da taxa de juro tendo em conta que "a atividade económica e os preços se desenvolveram, de modo geral, ao mesmo tempo que os aumentos salariais que "se estenderam" no país, de acordo com o documento aprovado pela entidade.

Apesar disto, o banco central nipónico previu que as taxas de juro reais "permaneçam significativamente negativas" e confirmou que vai manter "condições financeiras" que "apoiem firmemente a atividade económica".

O BoJ anunciou também que "vai continuar a aumentar as taxas de juro de referência" nos próximos meses e a ajustar o grau de estímulos monetários, caso as últimas previsões macroeconómicas da instituição se cumpram.

Estas previsões apontam para um crescimento económico de 0,6% no atual exercício fiscal, que vai terminar em março de 2025, e uma inflação (sem incluir o preço dos alimentos frescos) de 2,5% para o mesmo período.

As taxas de juro baixas em vigor no Japão há mais de uma década, juntamente com a compra maciça de obrigações do tesouro e outros ativos, mantinham o banco central nipónico num caminho muito diferente do da Reserva Federal dos Estados Unidos ou do Banco Central Europeu, que aplicaram sucessivos aumentos dos juros e retirado outros estímulos nos últimos anos.

A estratégia do BoJ destinava-se a conseguir uma inflação anual de cerca de 2%, um objetivo já ao alcance da quarta economia mundial, mas que é um dos fatores de depreciação do iene frente ao dólar e ao euro.

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