Os sismos são momentos em que a terra literalmente se move sob os nossos pés. Ao longo da história, alguns destes eventos alcançaram magnitudes que os colocam na lista dos mais poderosos e destrutivos de todos os tempos. Conhece os 10 dos maiores terramotos do mundo, em que milhares de pessoas perderam a vida ou ficaram sem casa.
Esta retrospetiva do idealista/news tem em conta catátrofes naturais que aconteceram a nível internacional, desde o ano 2000. O único sismo de grande magnitude que apresentamos fora deste século é o de Lisboa, em 1755.
Lisboa, 1 de novembro de 1755
O grande terramoto de Lisboa, que ocorreu no dia 1 de novembro de 1755, é um dos mais notórios na história europeia, com uma magnitude estimada entre 8,5 e 9 na escala de Richter. Este terramoto não só devastou a capital portuguesa mas também afetou grande parte do sul da Europa e do norte de África.
Estima-se que entre 10 mil a 90 mil pessoas perderam a vida como resultado direto do sismo e do subsequente tsunami, que atingiu não só a costa portuguesa mas também chegou até ao Caribe. O impacto deste terramoto foi tão profundo que alterou o curso da história e da ciência, levando ao nascimento da sismologia moderna. A população sobrevivente enfrentou um cenário de destruição massiva, com cerca de 85% dos edifícios em Lisboa destruídos. Este evento levou à reconstrução da cidade com um planeamento urbano que é considerado um dos primeiros exemplos de design anti-sísmico. Mas será que Portugal está preparado para um terramoto desta dimensão?
Irão, 26 de dezembro de 2003
O terramoto no Irão em 2003, mais precisamente na região de Bam, ocorreu a 26 de dezembro e registou uma magnitude de 6,6 na escala de Richter. Este sismo foi particularmente devastador, não apenas pela sua intensidade, mas também pelo impacto profundo na população e infraestruturas locais.
Este trágico evento resultou na morte de aproximadamente 26 mil pessoas, deixando mais de 30 mil feridos e cerca de 75 mil desalojados. As áreas residenciais foram severamente afetadas, com muitas habitações tradicionais feitas de barro e tijolo a colapsarem.
Indonésia, 26 de dezembro de 2004
O sismo e tsunami que ocorreu na Indonésia a 26 de dezembro de 2004, é um dos mais devastadores registados na história mais recente. Atingiu uma magnitude entre 9,1 e 9,3 na escala de Richter, tornando-se um dos maiores terramotos do mundo. Este evento catastrófico causou a morte de mais de 230 mil pessoas em vários países, incluindo Indonésia, Sri Lanka, Índia e Tailândia.
O impacto deste terramoto foi agravado pelo poderoso tsunami que se seguiu, gerando ondas que chegaram a ter mais de 30 metros de altura em algumas áreas. Este tsunami não só devastou as regiões costeiras ao redor do Oceano Índico, como também deixou milhões de pessoas desalojadas, causando uma crise humanitária sem precedentes.
Paquistão, 8 de outubro de 2005
Na manhã de 8 de outubro de 2005, um forte tremor de 7,6 graus na escala Richter atingiu o Paquistão. O epicentro foi na região da Caxemira, a 95 quilómetros da capital Islamabad. Cerca de 75 mil pessoas morreram e 70 mil ficaram feridas.
O terremoto também foi sentido na Índia, no Afeganistão e Bangladesh. Pelas estimativas da ONU, quatro milhões de pessoas foram afetadas, sendo dois milhões e meio de desabrigados nos quatro países.
China, 12 de maio de 2008
Este fenómeno natural registou uma magnitude de 8 na escala de Richter e causou a morte de 80 mil pessoas e feriu 375 mil, enquanto milhões foram desalojadas das suas casas. A população sobrevivente enfrentou grandes desafios, incluindo a falta de abrigo adequado e acesso limitado a serviços básicos como água potável e cuidados médicos.
O sismo foi sentido em localidades tão longínquas como Pequim e Xangai, onde os edifícios abanaram com o impacto.
Haiti, 12 de janeiro de 2010
O terramoto que atingiu o Haiti a 12 de janeiro de 2010 teve uma magnitude de 7,0 na escala de Richter e ocorreu a uma profundidade de 10 quilómetros. O epicentro localizou-se na parte oriental da península de Tiburon, a cerca de 25 quilómetros da capital haitiana, Porto Príncipe. Este sismo resultou na morte de aproximadamente 230 mil pessoas, tornando-o um dos terramotos mais mortíferos do século XXI. Além disso, mais de 300 mil pessoas ficaram feridas e cerca de 1,5 milhões ficaram desalojadas.
O sismo exacerbou os problemas existentes num dos países mais pobres do mundo, levando a uma crise humanitária prolongada que ainda hoje se faz sentir nas áreas afetadas. Não houve registo de tsunami como resultado deste sismo, mas o impacto foi suficientemente severo para redefinir a abordagem à gestão de desastres no país.
Chile, 27 de fevereiro de 2010
O grande sismo do Chile, que ocorreu no dia 27 de fevereiro de 2010, é um dos terramotos mais poderosos já registados na história recente. Este sismo atingiu uma magnitude de 8.8 na escala de Richter, a uma profundida de 35 quilómetros. O epicentro do sismo registou-se a pouco mais de 100 quilómetros da cidade de Concepción, com 200 mil habitantes.
Ondas gigantes varreram cidades costeiras, minutos depois do abalo sísmico. O risco de tsunami colocou em alerta diversos pontos da costa do Pacífico, do Havaí à Nova Zelândia. Os tremores também foram sentidos na Argentina e no Brasil.
A infraestrutura do país foi severamente comprometida, com edifícios destruídos, estradas interrompidas e cortes no fornecimento de energia elétrica e água potável. O impacto deste cataclismo foi devastador. Cerca de 525 pessoas morreram e muitas outras ficaram gravemente feridas e desalojadas.
Japão, 11 de março de 2011
O sismo que atingiu a costa de Honshu, no Japão, registou uma magnitude de 9,1 na escala de Richter que resultou na morte de cerca de 20 mil pessoas. O terremoto resultou na formação de um grande tsunami, com mais de 10 metros de altura, que atingiu a costa leste japonesa. A região do Japão mais atingida foi a de Iwate, Miyagi e Fukushima.
O tsunami resultante do tremor de terra destruiu parte da Usina Nuclear de Fukushima, gerando a liberação de elementos radioativos e consequente evacuação da área localizada ao redor da instalação nuclear.
Nepal, 25 de abril de 2015
Um forte tremor de terra de magnitude 7,8 na escala Richter atingiu o Nepal em 25 de abril de 2015. Era o pior terremoto desde 1934. A cidade de Katmandu, a mais atingida, viu os seus prédios, casas, templos e monumentos ficarem em ruínas.
Este sismo causou a morte de quase 9 mil pessoas e feriu cerca de 19 mil, deixando um rasto de destruição em várias regiões, incluindo a capital, Catmandu.
Turquia e Síria, 6 de fevereiro de 2023
O terramoto que atingiu a Turquia e a Síria em fevereiro de 2023 teve uma magnitude de 7,7 na escala de Richter. O sismo e as réplicas afetaram 14 milhões de pessoas em 11 províncias turcas, cobrindo uma área de 120.000 quilómetros quadrados.
O impacto deste terramoto foi catastrófico, resultando na morte de mais de 50 mil pessoas entre ambos os países, para além de deixar mais de 100 mil feridos e milhões desalojados. A infraestrutura foi gravemente afetada, com 38.901 edifícios foram imediatamente destruídos pelos tremores.
Sismo em Portugal 2024
Um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado na madrugada de segunda feira, dia 26 de agosto de 2024, a 58 quilómetros de Sines, o epicentro do abalo foi registado às 05h11 e aconteceu a uma profundidade de 10,7 quilómetros.
Porque não foi recebido o alerta do sismo?
A falta de aviso deveu-se, segundo o comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, não houve nada fora do comum. Durante a comunicação à imprensa, foi esclarecido que não houve qualquer alerta especial para os portugueses porque não era necessário.
A magnitude do sismo, cujo epicentro foi localizado a 60 quilómetros a oeste de Sines, não cumpria os critérios necessários para a a ativação dos planos especiais existentes para este tipo de eventos. Esses planos só são acionados quando a magnitude do sismo é superior a 6,1 na escala de Richter.
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Sismos: OE apela a maior exigência na qualidade da construção
A Ordem dos Engenheiros (OE) apelou a uma maior exigência na qualidade da construção em Portugal, na sequência do sismo que ocorreu ao largo de Sines e que teve uma magnitude de 5,3 na escala de Richter.
A tua casa tem seguro contra sismos?
Apesar de o sismo sentido, na zona de Sines, na madrugada desta segunda-feira, 26 de agosto de 2024, não ter originado danos, a Associação Portuguesa de Seguradores lembra que "Portugal encontra-se numa zona sísmica e já foi seriamente afetado por um dos maiores sismos de que há registo, ocorrido em 1755 e que então arrasou parte da cidade de Lisboa e outras zonas do país". E deixou um alerta sobre a necessidade de criar-se um sistema de proteção para o risco catastrófico qu
A terra tremeu em Portugal: o que fazer quando há sismos?
Portugal despertou em alerta na madrugada de hoje (26 de agosto de 2024) com um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter, sentido às 5h11 em várias regiões do território continental, Espanha, Gibraltar e Marrocos. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o epicentro do sismo foi localizado a 60 km a oeste de Sines.
Sismos: a importância de reabilitar casas que sejam resistentes
Estarão os edifícios de Lisboa preparados para resistir a um sismo? Esta é a pergunta que todos fazem quando há notícias relacionadas com a ocorrência de catástrofes naturais desta natureza no mundo, como aconteceu recentemente na Turquia e em Marrocos. A promotora imobiliária Level Constellation (LC), presente em Portugal há vários anos, escreveu um artigo no qual aborda este tema, destacando a importância de promover o reforço sísmico em obras de reabilitação.
Sismos em Lisboa: capital toma medidas para reforçar resiliência dos edifícios e minimizar riscos
A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou uma proposta para que sejam tomadas medidas para prevenir o risco sísmico, assim como reforçar a resiliência sísmica na capital. Investigador descobriu a origem dos sismos violentos em Portugal.
Maioria das casas não tem seguro contra sismos: Deco defende criação de fundo
A Deco veio deixar um alerta: a maioria dos seguros das casas não cobre danos por sismo. A associação de defesa do consumidor recomenda aos contribuintes que consultem a apólice da casa para confirmar se têm cobertura para estes fenómenos. A solução, defende, pode estar na criação de um fundo sísmico.
9 Praias naturistas em Portugal onde a nudez é legal (e bem-vinda)
Se pensavas que o naturismo era algo raro ou reservado a festivais alternativos, é hora de mudar essa ideia. Em Portugal, já existem nove praias oficialmente reconhecidas para a prática do naturismo, e o número continua a crescer — aos poucos, mas com consistência.
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