Em julho de 2026 entra em vigor o chamado “imposto Taylor Swift”, um tributo aprovado pelo Estado de Rhode Island, no nordeste dos Estados Unidos, que incide sobre segundas residências de luxo avaliadas em mais de um milhão de dólares (cerca de 860 mil euros ao câmbio atual).
O valor anual será de 2,5 dólares (2,15 euros) por cada 500 dólares (430 euros) de valor da habitação que exceda o milhão de dólares.
Porque se chama ‘imposto Taylor Swift’?
A famosa cantora é reconhecida mundialmente: enche estádios, as suas músicas estão sempre entre as mais ouvidas e ganhou inúmeros prémios. Isso permitiu-lhe construir um enorme património imobiliário, destacando-se a mansão High Watch, a mais cara do Estado de Rhode Island, adquirida por Taylor Swift em 2013 por 17 milhões de dólares (quase 13 milhões de euros na altura), segundo noticiou o idealista/news.
Segundo a CNBC, esta mansão está atualmente avaliada em 28 milhões de dólares (24 milhões de euros), pelo que a cantora terá de pagar anualmente cerca de 140.000 dólares (120.000 euros) adicionais aos impostos que já paga pela propriedade, que atualmente ultrapassam os 200.000 dólares anuais (172.000 euros), desde que não a transforme na sua residência habitual, ou seja, que não resida nela 182 dias por ano.
Que Estados ponderam implementar este imposto?
Embora ainda não tenha entrado em vigor, vários Estados norte-americanos já aplicam medidas semelhantes ou estudam criar novas taxas sobre grandes fortunas com uma segunda residência de luxo nos seus territórios.
Montana, no norte do país, reduziu o imposto anual sobre habitação – equivalente ao IBI em Espanha – para residentes, fixando-o em 0,76%. No entanto, quem possuir uma segunda casa e não nela residir habitualmente terá de pagar até 1,9% do valor do imóvel.
Em Los Angeles, Califórnia, os impostos sobre transações de casas de luxo aumentaram: imóveis vendidos entre 5 e 10 milhões de dólares (4,3 a 8,6 milhões de euros) estão sujeitos a 4% do preço de venda; se ultrapassarem os 10 milhões de dólares, a taxa sobe para 5,5%.
Em Massachusetts, os responsáveis estaduais estudam a introdução de um imposto semelhante ao aplicado a Taylor Swift.
O impacto no mercado imobiliário
De acordo com a CNBC, especialistas imobiliários da região indicam que alguns clientes desistiram de comprar por receio destes impostos. Valerie Johnson, da PureWest Christie's International Real Estate, confirma que compradores hesitam face a estas medidas.
Krueger-Simmons, agente da Mott & Chace Sotheby's International, defende que o imposto penaliza pessoas “apenas por viver noutro lugar”, lembrando que estes clientes já pagam os seus impostos e gastam muito dinheiro localmente.
Manish Bhatt, analista da Tax Foundation, alerta que este tributo pode ter o “efeito contrário”, afastando grandes investidores e até expulsando proprietários de segundas residências.
Acompanha toda a informação imobiliária e os relatórios de dados mais atuais nas nossas newsletters diária e semanal. Também podes acompanhar o mercado imobiliário de luxo com a nossa newsletter mensal de luxo.
Segue o idealista/news no canal de Whatsapp
Whatsapp idealista/news Portugal
Para poder comentar deves entrar na tua conta