
A taxa de juro média das novas operações de crédito habitação, que incluem renegociações, diminuiu em agosto pelo sétimo mês consecutivo, para 2,86%, o valor mais baixo desde novembro de 2022, divulgou esta quarta-feira (1 de outubro de 2025) o Banco de Portugal (BdP).
Este recuo face à taxa de 2,89% em julho representa a 21.ª descida em 22 meses consecutivos (a exceção foi janeiro de 2025, em que subiu 0,03 pontos percentuais), sendo que, entre janeiro e agosto deste ano, esta taxa baixou de 3,23% para 2,86%.
Nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média de novas operações atingiu 8,77% em agosto, registando uma redução de 0,06 pontos percentuais relativamente a julho, enquanto nos empréstimos para outros fins a taxa de juro média se manteve nos 3,53%.
De acordo com o BdP, em agosto, as novas operações de empréstimos aos particulares (incluindo novos contratos e contratos renegociados) totalizaram 2.972 milhões de euros, menos 497 milhões do que em julho.
Os novos contratos de empréstimos a particulares atingiram 2.551 milhões de euros, menos 485 milhões do que em julho, tendo a diminuição sido “transversal a todas as finalidades, mas mais acentuada nos empréstimos habitação”.
Os novos contratos totalizaram 1.767 milhões de euros na finalidade de habitação (-344 milhões do que em julho), 555 milhões de euros na finalidade de consumo (-78 milhões) e 230 milhões de euros nos outros fins (-63 milhões).

Renegociações diminuem 12 milhões face a julho
Já as renegociações de crédito atingiram 421 milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 12 milhões de euros em relação a julho.
No que diz respeito às empresas, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos desceu 0,11 pontos percentuais, passando de 3,65% em julho para 3,54% em agosto.
Esta redução verificou-se quer nos empréstimos até um milhão de euros (-0,02 pontos percentuais para 3,81%), quer nos empréstimos acima de um milhão de euros (-0,28 pontos percentuais, para 3,16%).
Em agosto, o montante de novas operações de empréstimos concedidos às empresas foi de 2.103 milhões de euros, uma diminuição de 949 milhões face ao mês anterior.
O banco central detalha que esta evolução resultou da diminuição do montante de novos contratos (-1.001 milhões de euros), compensada “muito parcialmente” pelo aumento de 52 milhões de euros nos contratos renegociados.
As novas operações de empréstimos até um milhão de euros atingiram 1.227 milhões de euros em agosto, menos 380 milhões do que em julho, enquanto as novas operações de empréstimos acima de um milhão de euros diminuíram 569 milhões, para 876 milhões de euros.
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