Dados mais recentes do INE mostram que segmento residencial é responsável por grande parte das obras novas no país.
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Setor da construção
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O licenciamento e a conclusão de obras em Portugal apresentaram comportamentos distintos no terceiro trimestre de 2025, com sinais de desaceleração nos edifícios e de crescimento no segmento habitacional. Entre julho e setembro, foram licenciados 6,3 mil edifícios, menos 4,1% do que no mesmo período do ano passado, enquanto os edifícios concluídos recuaram 5,1%, totalizando cerca de quatro mil.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), “o número de fogos licenciados em construções novas aumentou 7,3%”, embora abaixo do crescimento registado no trimestre anterior. Segundo os dados mais recentes, publicados a 12 de dezembro, os fogos concluídos cresceram 8,7%, invertendo a queda observada no segundo trimestre.

Assim sendo, o verão de 2025 registou 76,1% de edifícios licenciados que se destinaram a construções novas, sendo que 81,9% tinham como finalidade a habitação familiar.

Fogos avançam apesar da quebra nos licenciamentos de edifícios

Apesar da redução no licenciamento de edifícios, a habitação familiar manteve uma trajetória positiva. De acordo com a nota publicada pelo INE, o número de fogos licenciados em construções novas aumentou 7,3%, totalizando 9,6 mil, embora abaixo dos 19,4% registados no trimestre anterior. Já do lado da oferta concluída, foram finalizados 6,9 mil fogos, o que corresponde a um crescimento homólogo de 8,7%, invertendo a quebra observada no segundo trimestre. Entre os principais destaques apontados pela publicação estatística estão:

  • O Norte, que concentrou mais de 50% dos fogos licenciados e quase metade dos fogos concluídos;
  • O Centro, que reforçou o seu peso tanto no licenciamento como na conclusão de obras;
  • A forte desaceleração em regiões como a Península de Setúbal, a Grande Lisboa e o Algarve, onde se registaram quebras significativas.

O INE nota ainda que “a área total licenciada diminuiu 26,1%”, penalizada por um efeito de base elevado em algumas regiões no mesmo período do ano passado, nomeadamente na Grande Lisboa e na Madeira.

No que respeita às obras concluídas, o instituto refere que as construções novas continuaram a predominar, representando 82,9% dos edifícios finalizados, sendo que 80% se destinaram a habitação familiar. Ainda assim, o número de construções novas concluídas recuou 4,3% em termos homólogos, com exceção de regiões como a Madeira, o Centro e o Oeste e Vale do Tejo, que conseguiram manter crescimentos.

Já a reabilitação voltou a perder dinamismo, com uma quebra de 8,6%, embora algumas regiões contrariem a tendência, como o Oeste e Vale do Tejo e o Alentejo. No conjunto do país, a área total construída apresentou uma variação quase nula (-0,2%), revelando um setor que continua ativo, mas mais cauteloso.

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