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Paquistanês diz que comprou casa de Sócrates com dinheiro da sua “atividade como advogado”

O antigo procurador-geral do Paquistão Makhdoom Ali Khan, que comprou a casa de José Sócrates em Lisboa, no edifício Heron Castilho, na rua Braamcamp, negou ter feito qualquer tipo de operação bancária suscetível de configurar um crime de branqueamento de capitais quando adquiriu o imóvel, por 675.000 euros.

“Não há branqueamento de capitais. O dinheiro investido vem da minha atividade como advogado”, disse, ao Diário de Notícias, o agora advogado paquistanês.

Segundo Makhdoom Ali Khan, de 61 anos, “os bancos foram informados de que o dinheiro seria enviado para Portugal para a aquisição de um imóvel”. “Todas as transações foram feitas entre bancos. Não houve pagamentos em dinheiro vivo”, referiu.

Foi um alerta de vários bancos que está a levar a Polícia Judiciária a recolher informações sobre a origem dos 675.000 euros que o ex-primeiro-ministro português recebeu pelo seu apartamento na Rua Braamcamp.

Fonte próxima do negócio adiantou que Makhdoom Ali Khan, atualmente a exercer advocacia na cidade paquistanesa de Karachi, viu uma série de opções em Lisboa antes de se decidir pelo apartamento de José Sócrates, escreve a publicação. A mesma fonte confirmou que o ex-procurador-geral do Paquistão (entre 2001 e 2007) vai candidatar-se à atribuição de um visto gold e revelou que o mesmo só soube que a casa que estava a comprar era de José Sócrates “uns dias antes do negócio se concretizar”.

Até a Judiciária encerrar o processo de análise sobre a origem dos fundos, ou se for aberto um inquérito-crime, já que se considerou existirem indícios suficientes, a concessão do visto gold fica suspensa. 

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