Austeridade

a crise não pára de deixar marcas nas famílias portuguesas, sendo que, em meados do ano passado, três em cada quatro portugueses (72%) chegavam ao final do mês com a conta bancária a zeros e sem conseguir pagar todas as contas.

as empresas querem que seja criado em portugal um “tribunal” especializado nos processos económicos mais complexos.

o fisco marcou a penhora de 471.011 salários no ano passado a contribuintes com dívidas às finanças, mais do dobro do registado em 2011, em que o total de penhoras de vencimentos marcadas foi de 210.833.

há cada vez mais arquitectos portugueses a emigrar ou a mudar de profissão. trata-se de uma (mais uma) consequência da crise que vive o sector imobiliário e da construção.

ministro alemão vê “luz ao fundo do túnel” para portugal: o ministro alemão dos negócios estrangeiros, guido westerwelle, considera que portugal vai conseguir sair reforçado da crise.

os números da emigração não param de aumentar e, segundo o secretário de estado das comunidades, josé cesário, são mais elevados que os revelados pelo instituto nacional de estatística (ine).

governo admite introduzir mais portagens: o governo admite introduzir mais portagens em 15 troços de auto-estrada, sobretudo no norte do país.

crise, austeridade e desemprego. fenómenos que estão a “obrigar” cada vez mais portugueses a sair do país e a ir procurar melhores condições de vida além fronteiras.

boa parte dos contribuintes vai manter o habitual reembolso do irs quando chegar o momento de fazer o acerto de contas anual do imposto. no caso dos funcionários públicos, muitos até deverão receber no próximo ano um cheque mais “recheado” das finanças.

o fundo monetário internacional (fmi) concluiu quarta-feira a sexta avaliação a portugal e aprovou o desembolso imediato da sétima tranche no valor de 838,8 milhões de euros.

a crise e as constantes medidas de austeridade estão a deixar muitas marcas na economia portuguesa, nomeadamente no desemprego.

a defesa nacional é o sector da administração central que tem mais trabalhadores contratados a prazo (15.689), ou seja, o que está mais exposto a cortes.

as novas tabelas de retenção na fonte do irs foram publicadas esta segunda-feira à noite em diário da república e entram hoje (dia 15) em vigor, confirmando-se que o valor do imposto vai subir de forma acentuada, começando o agravamento a sentir-se nos salários acima dos 595 euros mensais.

um terço dos portugueses não consegue poupar dinheiro para a reforma, concluiu um estudo realizado pela seguradora zurich (“como estamos a lidar com a crise económica?”) em sete países europeus.

o banco de portugal (bdp) tem uma lista negra na qual constam 60.736 clientes e gestores de empresas que utilizaram cheques indevidamente no ano passado.

num ano, portugal perdeu 197.400 trabalhadores por conta de outrem, apesar de só estarem inscritos nos centros de emprego mais 129.471 pessoas. uma diferença explicada com o aumento da emigração, já que no último ano e meio “fugiram do país” 200 mil portugueses.

cerca de metade da comida produzida todos os anos no mundo vai para o lixo.

apesar de não ter pedido, o governo vai receber mais dinheiro da “troika” face ao que estava inicialmente previsto.

a deco – associação portuguesa para a defesa do consumidor recebeu mais de 23 mil pedidos de ajuda de famílias sobreendividadas no ano passado, mais 16% face a 2011, sendo que as solicitações aumentaram 94% em dois anos.

a solução encontrada pelo fundo monetário europeu (fmi) para que o estado consiga “um corte permanente na despesa de quatro mil milhões de euros a partir de 2014” contempla um conjunto de medidas.

o governo vai apresentar um texto junto do tribunal constitucional (tc) com argumentos em defesa da proporcionalidade e equidade das medidas de austeridade previstas no orçamento do estado (oe) para 2013 e enviadas por cavaco silva e pela oposição para fiscalização sucessiva.

gasóleo deve subir mais que a gasolina este ano: o petróleo deverá manter-se em níveis elevados em 2013, sendo expectável um novo ano de subida para os combustíveis.

pedro passos coelho quer que os portugueses em dificuldades consigam ver “a luz ao fundo do túnel” este ano e percebam que o país não está num “ciclo vicioso”, mas sim a “vislumbrar a saída de um período difícil”.

os trabalhadores e pensionistas portugueses terão este ano a carga fiscal mais elevada da europa quando comparada com os cinco países mais ricos do continente, sendo que o fosso entre os contribuintes é ainda mais visível nos reformados.