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bancos emprestam mais às empresas e cortam nas famílias

num ano, portugal perdeu 197.400 trabalhadores por conta de outrem, apesar de só estarem inscritos nos centros de emprego mais 129.471 pessoas. uma diferença explicada com o aumento da emigração, já que no último ano e meio “fugiram do país” 200 mil portugueses. quem fica sujeita-se a remunerações muito baixas, visto que um terço dos portugueses ganha menos de 600 euros e que há cada vez mais pessoas (cerca de 155 mil) a ganhar menos de 310 euros líquidos por mês

na opinião de luís bento, economista e professor universitário, o facto de haver mais pessoas a ganhar menos que o salário mínimo deve-se em parte ao crescimento do trabalho a tempo parcial, uma tendência que tem ganho força nos últimos dois anos

citado pelo dinheiro vivo sobre os dados em causa – revelados pelo instituto nacional de estatística –, o responsável disse acreditar que uma boa parte dos casos se devem a um acréscimo "muito significativo do incumprimento dos mínimos salariais pelas empresas que se aproveitam de haver menos oferta que procura". o problema, salientou, é que para um lugar de 600 euros os empresários "têm hoje, se calhar, 150 pessoas dispostas a aceitá-lo por 400 euros e mais 200 ou 300 por 250 euros”

para luís bento, o facto de um terço dos 3,644 milhões de portugueses que são funcionários por conta de outrem receberem menos de 600 euros por mês é uma “espiral de empobrecimento” que se deverá intensificar este ano

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