Comprar casa

os portugueses estão a optar cada vez menos por comprar casa, sendo que, segundo dados do instituto nacional de estatística (ine), entre 2000 e 2011 registou-se uma queda de 52% de transacções imobiliárias em portugal.

a associação portuguesa dos utilizadores e consumidores de serviços e produtos financeiros (sefin) foi a primeira entidade a ser ouvida sobre a legislação que permite o resgate de planos poupança-reforma (ppr) para pagamento das prestações da casa sem perda de benefícios fiscais.

a banca há muito que está a cortar no crédito à habitação, mas o cenário pode estar a inverter-se.

os deputados aprovaram por unanimidade um requerimento do bloco de esquerda (be) para ouvir várias entidades no parlamento, incluindo associações de consumidores e o banco de portugal (bdp), devido a queixas sobre dificuldades em usar os planos poupança-reforma (ppr) para pagar o crédito à habitação

a remax iniciou dia 28 de dezembro uma campanha de saldos que apenas termina a 28 de fevereiro, sendo que, até ao final de janeiro, já negociou 268 dos 5.200 imóveis incluídos na campanha: 224 casas vendidas e 44 arrendadas.

apesar do ligeiro aumento das taxas euribor verificado nos últimos dias, a mensalidade a pagar ao banco pelo empréstimo concedido para a compra de casa vai baixar 22 euros em fevereiro para as famílias cuja revisão do crédito à habitação ocorra nesse mês.

em menos de um ano, entre junho de 2012 e janeiro deste ano, portugal caiu nove lugares num ranking de 38 países europeus que avalia o preço da habitação por m2, descendo da 26ª para a 35ª posição.

a remax introduziu no mercado um novo serviço que garante o pagamento das rendas ao proprietário em caso de incumprimento do inquilino.

a procura de casas para arrendar vai continuar a aumentar este ano, ao contrário da compra de imóveis.

os bancos têm até terça-feira (dia 15) para fazer o primeiro reporte ao banco de portugal (bdp) sobre o regime extraordinário de crédito à habitação, uma legislação que entrou em vigor a 10 de novembro do ano passado.

o gráfico em cima revela quais são as preferências dos cidadãos europeus quanto à sua condição da habitação. desta forma, a roménia é o país onde há mais pessoas com casa própria (97,5%) e, consequentemente, menos aposta no mercado de arrendamento (2,5%).

a agência de notação financeira fitch considera, no índice anual “briefing residential mortgage”, que o desempenho do sector imobiliário vai variar bastante este ano nos países europeus, nos eua e na austrália.

comprar casa com o intuito de a vender é um negócio que atrai alguns investidores, mas não é, no entanto, uma actividade assim tão lucrativa, já que na maioria dos casos a rentabilidade anual líquida não ultrapassa, em média, 3 ou 4%, um valor abaixo do retorno mínimo, que se situa nos 5%.

em 2011, registaram-se 17.262 actos de compra e venda de imóveis por mês, um número que desceu bastante no ano passado, para 14.798. quer isto dizer que os portugueses estão a comprar menos casas.

em dois anos, entre 2010 e 2012, os registos de compra e venda de casas caíram 60%.

esta é uma das poucas notícias positivas para as famílias portuguesas. em tempo de crise, de austeridade e de dificuldades financeiras, a prestação da casa, que no ano passado desceu para níveis históricos, deve continuar a cair este ano.

o presidente da associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip) mostrou-se pouco optimista para 2013, adiantando que “o primeiro trimestre será crucial para o país e para o mercado imobiliário”.

os portugueses continuam a preferir comprar casa em vez de arrendar, mas a verdade é que está cada vez mais difícil ter casa própria, sobretudo devido ao facto de os bancos estarem a cortar na concessão de crédito à habitação.

o idealista news fez um resumo do que de mais importante se passou no sector imobiliário em 2012.

três quartos dos portugueses habitam em casa própria e, apesar da actual crise que se vive no sector imobiliário, a maioria das pessoas que arrendam casa preferia, se pudesse, adquirir um imóvel em vez de arrendar.