O presidente da ALEP, Eduardo Miranda, antecipa que a recuperação global do setor começará a sentir-se a partir da Páscoa de 2021.
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Interior do país é novo balão de oxigénio do Alojamento Local e “escapa” ao pior cenário
Photo by Griffin Wooldridge on Unsplash

O negócio do Alojamento Local (AL) em Portugal segue a duas velocidades na era Covid-19. De um lado grandes cidades vazias e, do outro, um interior “sobrevivente” que está a conseguir escapar ao “pior cenário”, segundo o cenário traçado pelo presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda. Esta atividade foi uma das mais atingidas pela pandemia e, apesar do verão estar a atenuar os seus piores efeitos, só deverá entrar na fase de recuperação global a partir da Páscoa do próximo ano.

Eduardo Miranda refere, em entrevista ao ECO, que os imóveis de alojamento local localizados no interior do país estão a ter mais procura face aos anos anteriores. Nessas localizações, diz, houve um “ajuste de preço” na ordem dos 15% a 20%, de forma a haver uma adaptação ao mercado nacional. De acordo com o responsável, e olhando para o panorama geral, o cenário está a ser melhor do que o esperado, uma vez que as expectativas “eram nulas ou quase baixas”, ainda que nos centros urbanos a procura seja “muito baixa”.

“Tirando o interior, (…) o impacto ainda é muito grande” e “tudo o que está para a frente é uma incógnita enorme”, refere o presidente da ALEP, citado pela publicação. “A retoma mais a sério só deve começar a acontecer a partir da Páscoa”, antecipa, acrescentando que, até lá, será preciso “sobreviver”.

Considera ainda que as medidas implementadas pelo Governo até agora são insuficientes, nomeadamente no que diz respeito às ajudas direcionadas para o setor. O presidente da ALEP defende o alargamento da linha de microcrédito do turismo e a “necessidade” de “haver alguma componente de fundo perdido”. “Se não houver componente de fundo perdido o nível de endividamento vai ser gigantesco”, avisa.

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