
As Euribor, que servem de base à maioria dos empréstimos à habitação, estão mais baixas do que nunca, estando em terreno negativo em todos os períodos e fazendo com que a prestação seja mais barata. Mas este cenário não vai durar para sempre... Por isto, se estás a pensar em contrair um crédito para a compra de casa, e ainda que seja tentador pensar numa taxa variável, talvez seja melhor aproveitares o momento para fazeres um contrato com taxa fixa.
É verdade que, tal como explica o Observador, as primeiras prestações são mais altas optando pela fixação da taxa, mas, se a Euribor ultrapassar a taxa fixa (o que é altamente provável no médio prazo), passarás a gastar menos mensalmente com a prestação do crédito.
Lembra-te que os financiamentos à habitação são quase para a vida e em 20,30 ou 40 anos a situação económica (e também a tua pessoal) vai com certeza mudar. E, optando pela taxa fixa, é possível saber exatamente quanto se pagará em prestações ao longo da vida de um empréstimo.
Nem tudo são rosas
O problema é que, segundo conta o jornal que fez uma ronda por bancos para perguntar sobre créditos de taxa fixa, as instituições propõem essencialmente fixar durante cinco anos, passando depois a prestação a indexada.
E para quem quer evitar surpresas na prestação de créditos à habitação já existentes também há problemas. O primeiro, diz o Observador, prende-se com a comissão de amortização antecipada do empréstimo. Regra geral, os bancos cobram 2% do montante amortizado nos financiamentos de taxa fixa, enquanto nos créditos de taxa variável a comissão máxima é de 0,5%.
O segundo problema está no facto de nem todos os bancos disponibilizarem créditos de taxa fixa e, quando incluem nas suas ofertas, limitam os períodos a uma dezena de anos. Isto quer dizer que há menos concorrência nos empréstimos à habitação de taxa fixa e, logo, menor probabilidade de receber boas propostas.
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