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Está ao rubro a guerra dos spreads no crédito à habitação. O Millennium bcp baixou, em julho, a margem de lucro mínima para 1,25% e igualou o valor mais baixo do mercado, que era praticado pelo Santander Totta e pelo Bankinter. Estes três bancos são os que oferecem os spreads mínimos mais competitivos, tendo em conta um universo de 11 instituições financeiras.

“O BCP pretende estar próximo dos clientes e presente nos momentos decisivos da sua vida, sendo o crédito à habitação um produto fundamental para concretizar este objetivo. Somos tradicionalmente muito fortes em qualidade de serviço neste produto. Juntamos também competitividade em preço”, disse fonte oficial do banco liderado por Nuno Amado, citada pelo ECO.  

Trata-se de uma revisão que acontece numa altura em que o BCP e o Santander Totta rivalizam pela liderança em termos de quota de mercado, em Portugal, entre os bancos privados. Um cenário possível depois do Santander Totta ter ficado com os ativos do Banco Popular (BP) em Portugal, no seguimento da resolução do banco espanhol no início de junho. Com a incorporação dos ativos lusos do BP, o Santander Totta chamou para si a liderança em Portugal, em termos de quota no mercado de crédito, superando o BCP.

De referir que nos últimos tempos tem-se assistido a uma espécie de guerra de spreads nos empréstimos para a compra de casa, com os bancos a reduzirem frequentemente as sua margens de lucro. Recentemente, o Banco CTT, por exemplo, reduziu para 1,30% o spread mínimo possível de negociar no banco, bem menos que os 1,75% com que se estreou nos financiamentos para a aquisição de casa.

De acordo com o ECO, esta luta por captar novos clientes no segmento do crédito à habitação acontece devido à necessidade que os bancos têm de libertar liquidez no mercado. Uma estratégia que tem resultado num forte crescimento na concessão de crédito às famílias, sobretudo no que diz respeito aos empréstimos para a compra de casa.

Dados do Banco de Portugal indicam que nos primeiros quatro meses deste ano os bancos que operam em Portugal concederam 2.339 milhões de euros em novo crédito à habitação, mais 45% que no período homólogo – é o valor mais elevado dos últimos sete anos.

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